quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Brasil: Cidadãos podem trocar recicláveis e pneus usados por frutas, verduras e legumes frescos


No Brasil, mais concretamente na cidade de Ponta Grossa, no Paraná, encontrou uma maneira de incentivar a população a descartar pneus usados de forma correcta. O destino do resíduo é um desafio no município, onde é possível ver os pneus jogados a céu aberto em qualquer lugar. Mas o cenário promete mudar graças ao programa Feira Verde, que convida os moradores a trocar pneus usados por frutas, verduras, legumes, ovos e mel.
Para participar é fácil e não precisa nem de inscrição! Basta aceder ao site da iniciativa e conferir o cronograma com as datas e locais onde a Feira Verde estará montada. A troca por alimentos pode ser feita com pneus usados ou ainda com materiais recicláveis. A única regra é que cada morador leve até 20 quilos de resíduos para fazer a troca.
E para deixar tudo mais melhor, 100% dos produtos oferecidos na feira são cultivados por produtores locais que praticam agricultura familiar. E mais: os resíduos recolhidos por meio da iniciativa são destinados a quatro associações de colectores de materiais recicláveis. Assim, numa tacada só, a cidade resolve o problema da destinação incorreta de resíduos, incentiva hábitos de alimentação mais saudáveis entre a população e fomenta os mercados da reciclagem e da agricultura familiar. 
Em Ponta Grossa, o projecto já faz sucesso: Os últimos números dizem que mais de 13 mil pessoas participaram da Feira Verde e que 136 produtores locais foram beneficiados.

Nesta meia-maratona, quem atira lixo para o chão é desqualificado


Os organizadores da meia-maratona de Conwy, no País de Gales, implementaram medidas drásticas para reduzir ao máximo os resíduos causados pela prova. Os corredores que, este domingo, atirassem garrafas de plástico para o chão ou poluíssem as ruas de qualquer outra forma, seriam imediatamente desqualificados.

Todo o tipo de lixo que os participantes produzissem durante a corrida teria obrigatoriamente de ser deixado nas mesas destinadas às paragens para hidratação ou entregue a um dos supervisores da meia-maratona.

A prova teve início na manhã do passado domingo e ainda não se sabe se algum dos três mil participantes foi desqualificado como consequência desta regra. Em 2008, cerca de 47 mil garrafas de plástico foram recolhidas após a maratona de Londres, que produziu, no total, cinco toneladas de resíduos.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Câmara de Torres Vedras dá Árvores Autóctones para reflorestar região.


A autarquia está a ceder carvalhos, medronheiros, azevinhos e outras espécies nativas para ajudar a reflorestar a região, no âmbito da 10ª edição da Reflorestação Nacional, de 15 e 30 de Novembro.
No âmbito do “Movimento plantar Portugal”, o município de Torres Vedras está a ceder árvores a todos os munícipes, escolas, associações e juntas de freguesia, interessados nos dias 22, 23, 25, 29 e 30 de Novembro nos Viveiros Municipais de Torres Vedras, segundo uma nota da autarquia.
As árvores em questão são pinheiros mansos (Pinus pinea), alfarrobeiras (Ceratonia siliqua), amieiros (Alnus glutinosa), azevinhos (Ilex aquifolium), carvalhos-portugueses (Quercus faginea), carvalhos-alvarinhos (Quercus robur), sobreiros (Quercus suber), azinheiras (Quercusrotundifólia), freixos (Fraxinus angustifolia), medronheiros (Arbutus unedo), castanheiros (Castanea sativa), cerejeiras-bravas (Prunus avium), zambujeiros (Olea europea var. sylvestris), faias (Fagus sylvatica), nogueiras (Juglans regia),, teixos (Taxus baccata), plátanos-bastardos (Acer Pseudoplatanus) e aveleiras (Corylus avellana).
As árvores estão limitadas ao stock existente nos viveiros municipais.
Além da cedência das árvores, a autarquia está a promover acções de plantação de árvores autóctones nas serras do Socorro (18, 20 e 24 de Novembro) e de São Julião (28 de Novembro) e na cidade de Torres Vedras (23 de Novembro).
No dia 23 de Novembro, das 15h00 às 17h00, será organizada uma visita guiada aos viveiros municipais de Torres Vedras.
Até 28 de Novembro estará patente no Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras a exposição “Árvores Nativas”, da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), com espécies de Portugal Continental, Açores e Madeira.
“As 20 espécies selecionadas mostram a riqueza da nossa vegetação. Muitas destas espécies, pertencentes a diferentes famílias, seriam predominantes no nosso território caso não houvesse intervenção humana”, explica a autarquia em comunicado.
“Procurou-se que as espécies escolhidas fossem bastante diversas, sendo algumas muito importantes do ponto de vista biológico e ecológico, outras do ponto de vista histórico e cultural e ainda outras do ponto de vista económico”.
A iniciativa da autarquia tem como objectivo “defender a biodiversidade e promover a floresta autóctone portuguesa” e realiza-se por altura do Dia da Floresta Autóctone, que se assinala todos os anos a 23 de Novembro.
Floresta. Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay

O sol se põe em Barrow, no Alasca e não nascerá novamente até 2020


Barrow, no Alasca, mergulhou na escuridão polar que durará nos próximos dois meses. O sol se põe na cidade de cerca de 4.300 habitantes pela última vez em 2019. O próximo amanhecer será 23 de janeiro de 2020. Esse é um período de 67 dias de escuridão total.

Centenas de milhas ao norte do Círculo Polar Ártico, Barrow é a cidade mais ao norte dos Estados Unidos. Ele está localizado a 2.000 milhas ao norte de Seattle, Washington.

Os habitantes desta pequena cidade no Alasca – o Estado dos Estados Unidos mais ao norte – já estão acostumados a longas noites sem ver a luz do dia.
No domingo, os seus pouco mais de 4 mil habitantes viram o último pôr do sol do ano.
Utqiaġvik – conhecida antigamente como Barrow – não é a única cidade no Alasca privada de iluminação solar por longos períodos como este.
O norte do Alasca está localizado no Círculo Polar Ártico, que circunda a gélida região polar do Ártico.
O fenómeno conhecido como noite polar se refere a regiões que passam mais de 24 horas sem ver a luz do sol

De maneira que outros pequenos povoados como Kaktovik, Point Hope e Anaktuvuk Pass pouco veem a luz do sol por um longo período.
O fenómeno da penumbra prolongada é conhecido como noite polar e é comum em regiões localizadas dentro dos círculos polares, que passam mais de 24 horas sem sol.
No caso de Utqiaġvik, serão muito mais de 24 horas – as pessoas vão passar 65 dias no escuro.
O fenómeno acontece ano após ano e Utqiaġvik é o primeiro lugar do Alasca a ser afectado, por sua localização extrema ao norte.
A cidade é o lar da população indígena Iñupiac e abriga várias estações de pesquisa climática.

80 dias de sol

Segundo o site Weather.com, “a partir de meados de novembro até o fim de janeiro, o sol não nasce ao norte do Círculo Ártico, devido à inclinação da Terra longe da luz solar direta”.
Localizada 530 km acima da linha que delimita o Círculo Ártico, Utqiaġvik não ficará, no entanto, mergulhada na escuridão total nos próximos dois meses.
Após 65 dias no crepúsculo, o povo de Utqiaġvik pode desfrutar de 80 dias sem pôr do sol, quando começar o verão. Um fenómeno chamado crepúsculo civil – que ocorre quando o sol está a 6 graus abaixo da linha do horizonte e cria uma pequena iluminação – permitirá que haja um pouco de luz.
O crepúsculo civil dura seis horas por noite, mas diminuirá para três horas por noite no fim de dezembro.
Embora o cenário pareça assustador, muitos destacam uma vantagem que a maioria dos lugares no mundo não tem: quando o verão chega a esta pequena cidade no Alasca, os seus habitantes podem desfrutar de 80 dias seguidos sem pôr do sol.

Painéis solares transparentes transformarão as janelas em geradores de energia renovável


Investigadores da Universidade Estadual do Michigan, EUA, desenvolveram painéis solares completamente transparentes, que podem ter inúmeras aplicações na arquitectura e também em outros campos, como por exemplo no desenvolvimento de automóveis mais amigos do ambiente.
Já antes se tinha tentado criar um dispositivo deste género, mas os resultados finais nunca foram satisfatórios. Até agora.
A equipa concentrou-se especialmente na transparência, de modo que, desenvolveu um concentrador solar luminescente transparente, que pode ser colocado sobre uma superfície transparente como uma janela, por exemplo. Pode colher energia solar sem afectar a passagem da luz.
A tecnologia utiliza moléculas orgânicas que absorvem comprimentos de onda de luz que não são visíveis ao olho humano, como a luz infravermelha e ultravioleta.
Estes dispositivos podem aproveitar ao máximo as fachadas dos enormes edifícios cobertos de vidro espalhados pelo globo. Não mudando em nada a aparência dos mesmos, e em simultâneo aproveitar a energia solar de forma eficiente.  Podem ser instalados em qualquer edifício.
Fotografia: Yimu Zhao

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

A Holanda construiu pontes verdes para passagem de animais.


Milhares de animais morrem atingidos todos os anos, tentando atravessar as estradas. Até os próprios seres humanos também estão em risco, pois podem perder o controlo do veículo tentando evitá-los e sofrer ferimentos graves e, às vezes, até a morte.

Felizmente, alguns países perceberam isso e criaram soluções engenhosas para que os animais possam atravessar as vias em segurança.


Na Holanda, as pontes verdes fazem parte de uma rede nacional de áreas protegidas. A Holanda já tem 30 pontes verdes construídas, já planeando a construção de mais 20, com o objectivo de permitir que os animais passem por estradas ou grandes ferrovias.

Este país possui mais de 600 túneis para a passagem segura de animais. Além disso, essas pontes verdes estão cheias de vegetação e isso permite que o habitat próximo à estrada  não seja interrompido.
Sendo pontes verdes, os animais seguem a vegetação como um guia, o que os impede de atravessar as estradas e se expor a atropelar ou causar um acidente.
A Holanda é um dos países mais comprometidos com o cuidado e a preservação da vida selvagem.

Holanda tem o topo das paragens de autocarro cobertas de flores para abelhas.


Os telhados de centenas de paragens de autocarro foram cobertas de plantas como presente para as abelhas, por uma cidade na Holanda. Principalmente composta de plantas de sedum, um total de 316 foram cobertas de vegetação na cidade de Utrecht. Os abrigos não apenas apoiam a biodiversidade da cidade, como abelhas e zangões, mas também ajudam a capturar poeira fina e armazenar a água da chuva.

Os telhados são cuidados pelos trabalhadores que dirigem em veículos elétricos, e as paragens de autocarro foram equipadas com luzes LED com eficiência energética e bancos de bambu.

São apenas uma das várias medidas que Utrecht introduziu numa tentativa de melhorar a qualidade do ar.


A cidade pretende introduzir 55 novos autocarros elétricos até ao final do ano e ter "transporte público completamente limpo" até 2028. A eletricidade usada para alimentar os autocarros virá directamente dos moinhos holandeses. Utrecht também administra um esquema que permite aos residentes solicitar financiamento para transformar os seus próprios telhados em telhados ecológicos.

domingo, 17 de novembro de 2019

Meio milhar de voluntários plantaram 12.100 árvores na Lagoa da Ervedeira


Mais de 500 voluntários participaram ontem, na primeira acção de reflorestação da Mata Nacional do Urso, num talhão junto à Lagoa da Ervedeira, em Leiria. Em menos de três horas foram plantadas cerca de 12.500 árvores.
Segundo nota do município de Leiria, numa área de 10 hectares foram plantados 12.100 pinheiros bravo e 400 pinheiros manso, seguindo um plano de reflorestação desenvolvido pelo ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
O presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, salientou “o empenho” de todos os presentes, considerando o envolvimento da população “fundamental para voltarmos a erguer a nossa floresta e superarmos um dos episódios mais negros da história de Leiria”.
A acção contou com o apoio de diversas instituições, nomeadamente a Páginas de Música – Associação de Solidariedade e Apoio Social, do Projeto Terra de Esperança e da Fundação Galp.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Crianças expostas a espaços verdes têm melhores marcadores biológicos


As crianças que estão mais expostas a espaços verdes apresentam melhores níveis de marcadores biológicos do que aquelas que têm um menor contacto com estes espaços. A conclusão é avançada por um estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), publicado na revista Environmental International.

Sabe-se que a exposição a espaços verdes tem um impacto positivo na saúde da população. Entre os vários benefícios, podem destacar-se a prática de mais exercício físico, o fortalecimento das relações sociais, melhor saúde mental e qualidade de vida, menores níveis de stress e de ansiedade e melhor função imune.

No entanto, há ainda pouca investigação sobre o impacto desta exposição em marcadores biológicos.

Segundo a Prof.ª Doutora Ana Isabel Ribeiro, primeira autora do artigo, coordenado pelo Prof. Doutor Henrique Barros, "importa olharmos para os marcadores biológicos, porque estes antecedem muitas patologias crónicas e fatais e, portanto, ajudam-nos a predizer o risco de uma pessoa vir a desenvolver doença no futuro. Esta questão é especialmente relevante em crianças, porque a grande maioria ainda não apresenta sintomas ou tem diagnóstico de doença. A desregulação num determinado marcador biológico constitui portanto um primeiro sinal".

Os investigadores analisaram o impacto da exposição a áreas verdes em cerca de 3.100 crianças, com sete anos de idade, pertencentes ao estudo longitudinal Geração XXI, que segue, desde 2005, cerca de 8600 participantes que nasceram nas maternidades públicas da Área Metropolitana do Porto.

Mediu-se a exposição destas crianças aos espaços verdes presentes no entorno da sua área de residência e da escola onde estudam, e analisou-se o efeito desta exposição em oito biomarcadores - a pressão arterial sistólica e diastólica (indicadores de saúde cardiovascular), a relação cintura/anca, a hemoglobina glicada, o colesterol HDL e total (indicadores de saúde metabólica) e a proteína C-reativa (indicador inflamatório).

De uma forma geral, concluiu-se que as crianças com menor exposição a áreas verdes apresentavam piores níveis nos biomarcadores analisados. Esta associação foi mais significativa com a exposição medida em torno da área escolar. “As crianças que dispunham de pelo menos um espaço verde, localizado a uma distância de 400 a 800 metros da escola, apresentaram melhores níveis de diversos biomarcadores, particularmente os cardiovasculares e inflamatórios”, diz a autora. 

Numa perspevtiva de saúde pública, e somando estes resultados a um conjunto crescente de estudos que tem revelado benefícios fisiológicos e psicossociais do contacto com espaços verdes e naturais, “é fundamental que os governantes e planeadores locais assegurem que a população dispõe de áreas verdes, como parques e jardins, a uma distância razoável dos seus locais de residência e dos parques escolares”, acrescenta.

O artigo, desenvolvido ao abrigo da Unidade de Investigação em Epidemiologia (EPIUnit) do ISPUP, designa-se Association between neighbourhood green space and biological markers inschool-aged children. Findings from the Generation XXI birth cohort, e é também assinado pelas investigadoras pela Dr.ª Carla Tavares e pela Prof.ª Doutora Alexandra Guttentag.

O estudo foi desenvolvido no âmbito do projecto EXALAR 21, o qual está a estudar a relação entre o ambiente urbano e a saúde infantil.

Ara tem um novo modelo vegan a pensar no meio ambiente

A ARA está quase a chegar àquela fase dos “entas”, uma vez que celebrou 48 anos de história em Portugal em dezembro do ano passado. Signific...