quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Bancos inteligentes em Aveiro permitem carregar telemóveis e aceder à internet


 

Estas estruturas permitem carregar smartphones e monitorizar o ambiente.

No âmbito da iniciativa Aveiro Tech City foram instalados cinco bancos inteligentes ao longo dos Canais Urbanos da Cidade de Aveiro e sempre em zonas com cobertura Wi-Fi, com o investimento de 24.598 euros realizado pela Câmara Municipal de Aveiro.

Os bancos são energeticamente autónomos e permitem, através da alimentação fotovoltaica, o carregamento de smartphones quer através de ligação USB, quer por wireless.

Estes bancos têm ainda sensores ambientais e de energia que permitem a recolha de informação sobre a temperatura e humidade no local, bem como sobre a energia produzida pelo banco. Dois dos exemplares possuem ainda um ecrã LCD destinado à promoção e divulgação de eventos do município.

Agora, já pode carregar o seu smartphone e/ou aceder à internet usufruindo de uma vista privilegiada sobre a Ria de Aveiro.

Foto: Câmara Municipal de Aveiro

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Nazaré amplia rede de produção de energia limpa


A Balancedynasty Unipessoal, Lda. instalou sistemas fotovoltaicos de mini-geração de energia no Centro Cultural, Biblioteca Municipal, Centro Escolar de Valado dos Frades e Parque Desportivo, com potência de 340 KW, e que irão reduzir as emissões de CO2 em 236 toneladas por ano. No âmbito do procedimento, a bancada do campo de futebol com relvado sintético e o estacionamento das piscinas municipais foram beneficiados com coberturas destinadas à produção de energia. A instalação decorre da Hasta Pública aberta pela Câmara para a cedência das coberturas de edifícios municipais destinadas à produção de energia. “O Município continua atento, à saída de nova regulamentação, para continuar a instalação de sistemas de produção de energia limpa nos seus espaços, não apenas pelas receitas, mas principalmente pelos benefícios ambientais e por ser importante a criação uma consciência colectiva de preservação do meio ambiente e responsabilidade pelas futuras gerações”, explica Salvador Formiga, vereador na Câmara da Nazaré. O investimento atual é de 416.500€, estimando-se que o retorno seja de 31.590€ para os primeiros 15 anos. As estimativas indicam, ainda, que o Município deverá recolher uma renda total de 226.830€ entre o 16º ao 25º ano de funcionamento do sistema. “Trata-se de mais um importante passo na redução de CO2” que o Município se comprometeu com a sua adesão ao Pacto dos Autarcas”. Quinze edifícios municipais estão, actualmente, capacitados com sistemas fotovoltaicos de micro-geração, direccionados para a captação de energia solar e respetiva conversão em energia eléctrica, valorizando os recursos energéticos naturais. Este projeto de produção descentralizada de energia tem como objectivo o fornecimento de electricidade à rede pública

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Garnier lança desodorizantes com menor impacto para o ambiente.


Consciente do seu papel de compromisso para um planeta mais sustentável, Garnier acaba de lançar uma nova gama de desodorizantes que aposta no minimalismo. Com apenas 5 ingredientes e 0% de álcool etílico, NARTA Magnesium Protect Compacto tem embalagens com um menor impacto para o ambiente por ser mais pequeno, mais leve e mais ecológico, totalmente adaptado a uma vida ativa.

Fórmulas com eficácia 48H (teste sensorial), a nova gama está disponível em 4 diferentes sprays de 100ml: NARTA Compacto Desodorizante Anti-stress, NARTA Compacto Desodorizante MEN Anti-stress, NARTA Compacto Desodorizante Invisível e NARTA Compacto Desodorizante Hipoalergénico.

Câmara de Espinho admite que “árvores colidem” com ciclovia na Rua 19 e manda arrancá-las.


A Câmara de Espinho assume que “o projecto aprovado para a requalificação da Rua 19 colide com a localização de árvores ali existentes”. Confrontada com críticas do PAN, da Junta de Anta e Guetim e de cidadãos do concelho ao abate de dezenas de árvores, a autarquia garante que, se fizesse “de outra forma, não seria possível executar a ciclovia” e defende a qualidade do projecto, que “foi apresentado e discutido em devido tempo”. Um mês e meio depois de cidadãos de Braga se terem mobilizado contra o abate de algumas árvores para a construção de um troço de uma ciclovia, a situação repete-se em Espinho. O município está a requalificar uma importante rua da cidade, que liga a praia, junto ao Casino, à A29 e A41, a nascente, e o projecto prevê a inserção de uma via dedicada para bicicletas. Mas, para isso, assume a autarquia de maioria PSD, foi preciso cortar uma parte das árvores. “O abate não é generalizado”, garante a vereadora com o pelouro das obras municipais, Lurdes Ganicho, explicando que os exemplares saudáveis vão ser replantados noutros locais. As justificações, dadas também num comunicado publicado na respectiva página de Facebook, surgem depois de críticas da junta desta freguesia e de o PAN - Pessoas, Animais e Natureza ter emitido na segunda-feira, uma nota, denunciando a opção. “Só hoje [ontem] de manhã, entre a Av. 24 e a Av. 32 foram abatidas mais de 40 árvores adultas saudáveis! Algumas com mais de 50 anos! Enquanto este post é escrito, o arboricídio continua agora a nascente da rua 19 com o abate indiscriminado de todas as árvores”, escrevia aquele partido na sua página de Facebook. 

domingo, 13 de setembro de 2020

Dalai Lama pede aos países desenvolvidos para fazerem mais pelo ambiente


Dalai Lama participou, a convite da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, num encontro virtual de líderes parlamentares do Canadá, União Europeia, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido.

“Hoje devemos prestar mais atenção ao aquecimento global”, disse o líder espiritual tibetano, que ganhou o Prémio Nobel da Paz em 1989 pelo compromisso com as questões ambientais e pela campanha na defesa dos direitos do Tibete controlados pela China.

Dalai Lama sublinhou que, devido ao aquecimento global, “chove demais em algumas áreas e outras estão secas”, sendo as pessoas que mais sofrem, sobretudo em África, algumas zonas da Índia e China.

Por outro lado, destacou que as mudanças climáticas afectam as pessoas de maneira diferente, dependendo dos seus padrões de vida.

As pessoas ricas, que vão para grandes hotéis, não sentem realmente os efeitos do aquecimento global, mas os pobres enfrentam um problema sério”, sustentou o líder tibetano, que vive no exílio há 60 anos em Dharamsala, no norte da Índia.

sábado, 12 de setembro de 2020

Braval oferece ecopontos domésticos gratuitos aos habitantes de Braga


A
Braval, empresa de tratamento de resíduos, está a oferecer ecopontos domésticos gratuitos aos habitantes de Braga, Amares, Póvoa de Lanhoso, Vila Verde, Terras de Bouro e Vieira do Minho, anunciou aquela companhia. A oferta surge através de uma candidatura financiada pelo POSEUR, no âmbito do Portugal2020, com a missão de ajudar na reciclagem dos seis municípios que integram a área de intervenção da Braval.

“Dado o número limitado de ecopontos, a Braval atribuiu um determinado número de ecopontos a cada um dos 6 municípios, proporcionalmente ao número de habitantes. Assim, cada município fará a distribuição da forma que julgar adequada”, esclarece a firma. No município de Braga, a distribuição será feita através de inscrição na junta de freguesia.

“A candidatura de reforço da recolha seleCtiva contempla ainda a aquisição de 3 novas viaturas de recolha de ecopontos, reforço de rede de ecopontos, com a colocação de 200 novos ecopontos de superfície e 150 ecopontos subterrâneos, a instalação de 100 óleões de rua, ecopontos em cartão para instituições entre outras acções de sensibilização”, adianta ainda a empresa gerida por Pedro Machado.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Seis jovens portugueses processam 33 países por causa das alterações climáticas


 

Com idades de oito a 21 anos, grupo pede a Tribunal Europeu de Direitos Humanos que responsabilize nações industrializadas por não reduzirem emissões que causam o aquecimento global.

No que está sendo chamado de um processo climático sem precedentes, quatro crianças e dois jovens de Portugal entraram nesta quinta-feira (03/09) com uma ação, junto ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo, para que 33 nações industrializadas sejam responsabilizadas por não reduzirem as emissões que causam as mudanças climáticas.

Apoiados pela ONG Global Legal Action Network (Glan), os jovens acusam esses países, entre eles, a Alemanha, Reino Unido, Rússia e Portugal, de terem falhado em colocar em prática o corte de emissões necessário para proteger seu futuro. O caso se concentra em nações que, segundo os advogados, possuem políticas insuficientes para restringir o aumento da temperatura média global a 1,5 ºC em relação aos níveis pré-industriais, como prevê o Acordo de Paris.

Os jovens que lideram a denúncia têm entre oito e 21 anos e vivem em Lisboa e Leiria. Eles argumentam que as mudanças climáticas representam uma ameaça crescente a sua vida e ao bem-estar físico e mental. Além de alegar discriminação, o caso invoca argumentos de direitos humanos, como o direito à vida, a um lar e à família.

"Nossa geração vive numa época de grandes ameaças e incertezas, por isso nossa voz precisa ser ouvida", afirma André Oliveira, de 12 anos, um dos autores da ação.

"É claro que os jovens não são os únicos vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas. Mas porque eles enfrentarão os piores impactos, dizemos que os efeitos de uma abordagem inadequada em relação às emissões de gases do efeito estufa equivalem à discriminação ilegal em razão de idade", explica o assessor jurídico da Glan, Gerry Liston.

Segundo André, o processo visa que os 33 países denunciados tenham a oportunidade de agir melhor e mais rapidamente neste quesito. "É uma questão de direitos humanos e por isso estamos indo até Estrasburgo", explica.

Portugal está entre os países com baixo nível de ameaças ecológicas até 2050


Portugal está entre os países que enfrentam menos ameaças ecológicas até 2050, apresentando um nível de risco baixo, indica a edição inaugural do relatório Registo de Ameaças Ecológicas divulgado ontem. Produzido pela primeira vez, este relatório calcula as ameaças ecológicas que os países enfrentam actualmente, faz projecções para 2050 e é da responsabilidade do grupo de reflexão internacional Instituto para Economia e Paz, que anualmente elabora índices como o Índice Global da Paz e o Índice Global de Terrorismo. O Registo de Ameaças Ecológicas (ETR, sigla em inglês) analisa a exposição de países aos riscos de crescimento populacional, stress hídrico, insegurança alimentar, secas, inundações, ciclones, aumento da temperatura e subida do nível do mar. Segundo o ETR, Portugal está entre os países que enfrenta menos ameaças ecológicas e com níveis mais elevados de resiliência para lidar com os riscos. De acordo com o mesmo documento, Portugal apresenta uma classificação de “baixa exposição” ao estar exposto a uma das ameaças ecológicas até 2050. O ETR coloca Portugal no grupo dos países com altos rendimentos e índice de paz elevado. No entanto, entre estes países com altos rendimentos e níveis de paz, Portugal é um dos 10 que apresenta maior proporção da população com dificuldades para comprar alimentos. 

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Hoje é o dia do Ar Limpo para um céu azul.


Hoje é o primeiro Dia Internacional do Ar Limpo para o céu azul. A data, agora celebrada anualmente, foi criada em 2019 pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Ela tem como objectivo aumentar a conscientização de que o ar limpo é importante para a saúde, a produtividade, a economia e o meio ambiente; demonstrar o vínculo estreito da qualidade do ar com outros desafios ambientais e de desenvolvimento; promover e facilitar soluções que melhoram a qualidade do ar; e reunir diversos actores internacionais trabalhando para formar uma aliança estratégica para um gerenciamento eficaz da qualidade do ar. Um ar adequado para a saúde se mostrou relevante durante a actual pandemia. Isso porque o Covid-19 pode causar problemas respiratórios agravados pelo ar poluído. 

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Advogado acusa Agência Portuguesa do Ambiente de branquear empresas poluidoras


O advogado Miguel Santos Pereira acusou esta sexta-feira a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de “branquear as empresas poluidoras”, após a primeira sessão do julgamento, em Almada, de uma ação contra a poluição alegadamente provocada pela Siderurgia Nacional, no Seixal. A APA, infelizmente, tem servido de entidade que branqueia as indústrias que poluem, como é o caso da Siderurgia e do [futuro] aeroporto do Montijo”, disse Miguel Santos Pereira à agência Lusa, no final da primeira sessão do julgamento. “O que nós queremos é que saia daqui um exemplo, não só para as indústrias que poluem como também para a APA, para que a APA passe a ter uma medida diferente: ou acaba com as indústrias que poluem e não permite o seu licenciamento, ou obriga, ainda que seja oneroso, que essas indústrias tomem medidas necessárias para levar ao limite mínimo a poluição”, defendeu.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Ambiente e as Autarquias.



Em pleno século XXI, onde ainda há muito para se fazer em matéria ambiental, já vai existindo mais consciência ambiental dentro da sociedade civil, o que é sempre de enaltecer. Não vejo a questão do ambiente como sendo de esquerda ou de direita, mas sim de uma questão de escolha, visão e atitude pessoal. Cabe às autarquias, como parte do poder local, ser o principal motor da promoção das ânsias e expectativas da população. Em qualquer cidade, principalmente naquelas que possuem complexos industriais , deveria existir uma política verde e não de betão, no sentido de proporcionar um ambiente sustentável, de criação de um "pulmão local", por um lado para contrapor a poluição, mas também para o benefício da própria população, que em período de pandemia e até no pós-pandemia, provavelmente irão apreciar incentivos do género para o contacto com a natureza. Mas mais que espaços verdes, o ambiente também pode ser protegido pelas autarquias, seja numa gestão prudente dos recursos hídricos ( numa altura em que os períodos de seca se tornam frequentes), na promoção do transportes público, que ao ser de gestão autárquica, deveria ter uma frota com uma pegada de carbono mínima, e como tal, tendencialmente mais económico. São algumas medidas, que conjuntamente com outras, poderiam e deveriam ser alvo de consenso entre as diversas forças políticas dentro dos órgãos autárquicos. O que se tem notado, é que há mais visão de uma política de betão do que propriamente verde. Se as infraestruturas locais são importantes, nada impede que haja um enquadramento ambiental correcto da mesma, seja na sua localização, na sua estética, na valorização energética, havendo pequenos bons exemplos, como gerar electricidade a partir dos resíduos, na captação, reutilização e reciclagem das águas ( tanto da chuva como residuais), e a utilização da energia abundante que existe no sol brilhante que possuimos ao longo do ano.Isto sem falar mais detalhadamente em áreas como o  desenvolvimento sustentável e inteligente ( o conceito "smart city"), o consumo de energias renováveis ou estratégias de redução de resíduos e poluentes. Se tudo o que foi mencionado até ao momento é relevante de alguma forma, a protecção do ambiente também se faz na defesa, seja através de denúncias, queixas e na componente judicial. Sejam derrames na nossa costa, despejo de lixo em zonas protegidas, descargas ilegais em rios, ou na exacerbada poluição atmosférica, visual ou sonora. No que concerne a um melhor ambiente, não se pode ficar por medidas tímidas. Quando se ganha autarquias com genuína preocupação, atenção e acção nesta matéria, também estão a contribuir para o desenvolvimento do concelho. E não é essa a principal premissa de um autarca eleito? É um caminho longo, mas sustentável e de valor. Mas como tudo na vida, é preciso ter vontade. Muita vontade. As futuras gerações agradecem. 

Autor: Paulo Freitas

 

Covid-19: fim dos descartáveis nos restaurantes adiado para Março de 2021


O sector da restauração e similares pode continuar a usar louça de plástico descartável até 31 de março de 2021, segundo um diploma aprovado em Conselho de Ministros no âmbito de medidas relativas à pandemia de covid-19.

O diploma “prorroga, até 31 de março de 2021, o período de que os prestadores de serviços de restauração e de bebidas dispõem para se adaptarem às disposições relativas à não utilização e não disponibilização de louça de plástico de utilização única”, refere o comunicado do Conselho de Ministros.

Em simultâneo, “define-se o prazo de 31 de dezembro de 2020 para clarificar e harmonizar disposições legislativas nesta matéria, no sentido de proceder à primeira fase de transposição da Diretiva (UE) 2019/904, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 05 de junho de 2019”.

Esta decisão vai parcialmente ao encontro das revindicações do sector que já tinha defendido um prolongamento do prazo para a utilização da louça de plástico descartável face ao impacto da pandemia.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Gerador eólico sem hélices começou a ser testado


Em 2016, falou-se sobre uma inovadora “turbina” eólica sem pás, engrenagens ou eixos. A tecnologia saiu da promessa e começou a ser testada industrialmente, ainda que esteja longe de chegar à venda comercial.

Baptizado de Vortex, o modelo é de um cilindro fixo verticalmente que oscila com a força do vento. É pela vibração que a energia é captada, diferente dos equipamentos comuns em que as pás fazem girar o rotor que transmite a rotação ao gerador. “Não é na verdade uma turbina, pois não gira”, afirma a startup espanhola Vortex Bladeless, responsável pela criação. Na base da estrutura, há um alternador que converte o movimento em eletricidade.

A tecnologia da Vortex é baseada no fenómeno chamado Derramamento de vórtice, que integra o campo da física que estuda o efeito de forças em fluidos. “Na mecânica dos fluidos, à medida que o vento passa por um corpo contundente, o fluxo é modificado e gera um padrão cíclico de vórtices. Uma vez que a frequência dessas forças está próxima o suficiente da frequência estrutural do corpo, este último começa a oscilar e entra em ressonância com o vento. Isso também é conhecido como vibração induzida por vórtice”, explica a startup.

Benefícios

Apesar de sua capacidade de vibração, o cilindro é rígido e projectado para alcançar o desempenho máximo na captação energética. É capaz de se adaptar muito rapidamente às mudanças de direção do vento e aos fluxos de ar turbulentos dos ambientes urbanos. Este facto pode ser interessante para a popularização da energia eólica doméstica.

Os testes sugerem que os dispositivos podem gerar electricidade cerca de 30% mais barata que as turbinas eólicas convencionais. Entram nesta conta o baixo custo de instalação e manutenção, além de valores potencialmente mais baixos de material e fabricação. Em entrevista à emissora Al Jazeera, David Yáñez, co-fundador da startup, garantiu que a sua alternativa para captar energia dos eventos é mais barata, exige baixa manutenção e pode durar mais de 15 ou 20 anos.

Também é mais silenciosa, tem menos impacto visual e causa menos danos aos pássaros -, uma reclamação comum às turbinas tradicionais. Outro ponto positivo fica por conta da ocupação de espaço, uma vez que os geradores podem ser instalados em uma pequena área útil, inclusive, mais próximos uns dos outros.

“Esperamos oferecer às pessoas a possibilidade de colher o vento que passa sobre seus telhados ou através de jardins e parques com dispositivos mais baratos de instalar e mais fáceis de manter do que as turbinas eólicas convencionais”, diz Yáñez.

Financiamento

Para o projecto sair do papel, recebeu o financiamento do “Horizonte 2020”, um programa de Pesquisa e Inovação da União Europeia. Agora está concluindo os testes de 100 dispositivos pré-comerciais e planeia começar o teste beta de seu menor dispositivo: o Vortex Nano de 85 cm de altura. A ideia é apostar em aplicações de baixa potência em combinação com energia solar.

Já em relação ao lançamento no mercado para o consumidor final, a startup afirma que precisará de mais testes e certificações, mas que em breve haverá pilotos públicos na Espanha.

A Vortex Bladeless ainda afirma que, em características e custo-benefício, seus geradores eólicos são mais semelhantes aos painéis solares do que às turbinas eólicas comuns.

Movimento Chão Nosso “nasce” no Alentejo contra agricultura intensiva


A luta contra as culturas intensivas e a sensibilização da população para os “impactos negativos” desta agricultura, que “compromete o futuro da vida” no Alentejo, são objetivos do movimento de cidadãos Chão Nosso, apresentado em Beja.

“O movimento é composto por um conjunto de residentes no Alentejo que estão preocupados com as alterações surgidas nas últimas décadas na paisagem devido à agricultura intensiva, que compromete o futuro da vida no nosso território”, disse à agência Lusa Inês Fonseca, porta-voz do Chão Nosso.

O movimento, que tem como lema “Em defesa da cultura, património e biodiversidade do Alentejo”, foi apresentado ao final desta tarde em Beja, divulgando também o seu manifesto, que vai agora circular por todo o Alentejo, para recolha de assinaturas.

Trata-se de um “movimento apartidário” e que já integra “pessoas dos distritos de Portalegre, Évora e Beja”, ambicionando chegar, futuramente, ao litoral alentejano, disse Inês Fonseca, que revelou que é vereadora da CDU na Câmara de Avis, mas que participa nesta iniciativa “a título pessoal, enquanto arquiteta que reside na região há muitos anos”.

As culturas intensivas são “o alvo” do movimento, assumiu: “Elas estão a alterar completamente tudo, desde a maneira como os campos estão a ser trabalhados, a paisagem ou a qualidade ambiental no território”.

“Temos problemas na qualidade da água, na qualidade do ar, temos queixas das pessoas e não temos respostas para lhes dar porque tentamos chegar à fala com a Direção Regional de Agricultura do Alentejo ou com os serviços do Ambiente e não nos dão respostas, nem resultados de análises”, argumentou.

Através do Chão Nosso, este conjunto de habitantes espera “ter mais voz” junto das autoridades regionais e, “ao mesmo tempo, sensibilizar as populações, porque ainda há muita gente que acha bem que os campos agora estejam todos verdes e plantados”.

“Mas isto está a ser feito à custa do quê?”, questionou, frisando que o movimento considera que as populações não dispõem de “toda a informação necessária para lidar com este problema das culturas intensivas”, desconhecendo, por exemplo, “muitos dos seus impactos negativos”.

O manifesto, consultado pela Lusa, indica que “a saúde e o bem-estar dos cidadãos deve ser uma prioridade” e que “a utilização de recursos hídricos deve ser avaliada, evitando desperdícios desnecessários”.

O movimento Chão Nosso diz também que “a agricultura em regime intensivo não promove a fixação populacional” e que “a biodiversidade dos habitats, de espécies arbóreas e faunísticas está em risco”, tal como “a paisagem alentejana”, que “possui características identitárias resultado da vivência das populações”.

“As fábricas de tratamento e valorização dos resíduos resultantes da produção de azeite têm gerado graves consequências ambientais” e os trabalhadores agrícolas são “uma realidade de precariedade e baixos salários” pode ler-se ainda no manifesto.

Ara tem um novo modelo vegan a pensar no meio ambiente

A ARA está quase a chegar àquela fase dos “entas”, uma vez que celebrou 48 anos de história em Portugal em dezembro do ano passado. Signific...