Segundo o mais recente relatório sobre a Qualidade do Ar, o Air Quality Life Index (AQLI), estima-se que a poluição do ar reduz em dois anos a esperança média de vida das pessoas em todo o mundo. O relatório acrescenta ainda que a poluição é mesmo o maior risco para a saúde humana, superiorizando-se à pandemia da COVID-19.
“Embora a ameaça do coronavírus seja grave e mereça toda a atenção que está a receber, enfrentar a gravidade da poluição do ar com um vigor semelhante permitiria que biliões de pessoas em todo o mundo levassem vidas mais longas e saudáveis”, diz Michael Greenstone, professor de economia do Milton Friedman Distinguished Service e um dos fundadores do Air Quality Life Index.
O documento afirma que se todos os países mantiverem a poluição dentro dos limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde, que é de 10 μg/m3, a expectativa de vida actual subiria de 72 para 74 anos. Em média, os seres humanos estão expostos a uma concentração de poluentes de 29 μg/m3.
Segundo os especialistas, a poluição tem um impacto mais devastador na longevidade do que doenças transmissíveis como a tuberculose ou a SIDA. O tabagismo leva a uma redução na esperança média de vida global de cerca de 1,8 anos. A falta de água potável e de saneamento retiram 7 meses. Conflitos e terrorismo cortam 18 dias de vida.
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