quinta-feira, 30 de julho de 2020

Ilha da Berlenga troca diesel por energia solar e torna-se 100% sustentável


Numa rocha por cima do bairro dos Pescadores, cumprindo “critérios rigorosos de integração paisagística”, a EDP Distribuição instalou painéis fotovoltaicos, um sistema de armazenamento de energia e equipamentos que permitem controlar e monitorizar remotamente o sistema. Esta nova solução de energia renovável, que vem substituir a geração diesel na ilha da Berlenga, é inaugurada esta quarta-feira e representa um investimento da EDP Distribuição de cerca de 350 mil euros.
É uma “substituição total do diesel, por uma mistura de dois sistemas: a geração solar e baterias”, explicou ao PÚBLICO João Marques da Cruz, administrador executivo da EDP com o pelouro da distribuição, acrescentando que a ilha se torna agora 100% sustentável e auto-suficiente: “Dá para fornecer por 24 horas as necessidades das Berlengas. É uma descarbonização total.”
Até agora, o fornecimento de electricidade na ilha ao largo de Peniche era efectuado por três geradores a diesel e tinha um funcionamento condicionado ao consumo. Ou seja, estando dependente do transporte de combustível até à ilha, a EDP fazia uma estimativa das necessidades e, em caso de pico de necessidade, podia haver falta de energia. Um problema que deixa agora de se colocar, aponta Marques da Cruz: “A geração solar pode sempre gerar electricidade, porque a armazena. Por isso, a qualidade do serviço prestado é maior.” O preço para a população mantém-se “inalterado”, já que o serviço é cobrado através da tarifa regulada.
Por ano, eram transportados para a ilha, de barco, cerca de 15 mil litros de combustível, o que implicava um elevado risco ambiental associado ao transporte marítimo, poluição sonora e do ar (as emissões anuais eram de aproximadamente 40 toneladas de CO2). “Felizmente nunca houve um derrame, mas era um risco”, assume Marques da Cruz
O projecto Berlenga Sustentável, em parceria com a Câmara de Peniche e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, era um “desejo” da EDP Distribuição desde 2018 e implicou uma autorização especial da União Europeia. É que há uma norma que proíbe os operadores de explorar activos de produção de electricidade – e foi preciso explicar por que razão a Berlenga devia ser uma excepção. “A EDP está sempre muito empenhada no contributo para a transição energética e este projecto enquadra-se nisto.”
O arquipélago foi classificado em 2011 como Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO, tem estatuto de reserva natural desde 1981 e foi classificado como Zona de Protecção Especial para as Aves Selvagens em 1999.

Foto: DR

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Suspender reutilização de manuais escolares foi má medida, acusa associação Zero


A medida, da Assembleia da República e no âmbito do orçamento suplementar para 2020, implica também a emissão de mais 1.500 toneladas de dióxido de carbono (CO2) e um gasto acrescido de 130 milhões de litros de água, segundo as contas da Zero. A decisão “demonstra como a sustentabilidade ainda não encontrou na agenda política”, diz a Zero em comunicado. “A Zero considera que esta tomada de decisão demonstra que os partidos políticos (e vários outros ´stakeholders´ envolvidos no debate), quando confrontados com um problema, têm uma clara tendência para não ponderar os aspetos da sustentabilidade e avançarem com decisões com total desconsideração pelos impactos que terão em termos ambientais”, acrescenta. A organização lamenta que não se tenham debatido alternativas, como manter a entrega de manuais para reutilização pelo menos nos anos de mudança de ciclo e no 12.º ano, ou deixar a decisão ao critério das escolas, ou mesmo manter a entrega dos manuais para reutilização por todos os alunos que possam ter acesso a recursos digitais. Na semana passada o ministro da Educação informou que o Governo iria suspender a devolução de manuais escolares, de acordo com a Assembleia da República, que aprovou uma proposta (do CDS-PP) nesse sentido, no âmbito da Comissão de Orçamento e Finanças. “Orçamentalmente e financeiramente, toda esta operação vai implicar agora uma dotação de cerca de 150 milhões de euros que não estavam previstos, nem ficaram previstos, no Orçamento Suplementar”, disse na altura Tiago Brandão Rodrigues. A Zero diz acreditar que a decisão ainda possa ser corrigida.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Estilo e respeito pelo meio ambiente! Marca "ara" lança modelo com pele Terracare


sustentabilidade está na moda e a "ara: é exemplo disso. Para a nova estação, a marca lança o novo modelo com pele Terracare - uma pele ecológica, produzida pela fábrica de curtumes alemã Heinen, onde a produção se centra na sustentabilidadeprotecção do meio ambiente e responsabilidade social. "Este modelo de sapatilhas está disponível em três cores e tem um pormenor de fecho de correr na parte lateral que lhe confere um design actual e adaptado à mulher moderna", dizem em comunicado.

Proibida colheita mecânica nocturna de azeitona


A apanha de azeitona feita com recurso a máquinas, durante o período nocturno, contribui para o aumento da mortalidade das aves e, por isso, passa agora a ser proibida, adiantou esta segunda-feira o ministério do Ambiente e da Acção Climática. As conclusões são de um estudo sobre os impactos das culturas intensivas e superintensivas de olival em áreas de regadio feito, uma análise feita pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária para o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). De acordo com o estudo, avançou o ministério do Ambiente e da Acção Climática em comunicado, “a apanha mecânica nocturna em olivais superintensivos provoca de forma significativa a mortalidade de aves e que as medidas de mitigação testadas, concretamente os processos de espantamento ensaiadas, se revelaram ineficazes”. Uma vez que estão comprovados os efeitos negativos deste exercício, a tutela adiantou “que a continuidade da prática da apanha mecânica nocturna em olival será alvo de acção sancionatória nos termos da lei”. Para garantir que estas regras são cumpridas, o ICNF garante que vai intensificar as fiscalizações “durante os meses de outubro de 2020 a março de 2021 no sentido de assegurar que não ocorre qualquer prática que possa promover a mortalidade de aves”. Já no ano passado, a associação ambientalista Quercus tinha defendido a suspensão desta prática, explicando que muitas aves pernoitam nos locais onde é feita a apanha da azeitona. Na altura, a Quercus referiu que cada “época de colheita de azeitona representa a morte de um número mínimo de 70 mil aves, mas que poderá atingir um máximo de 100 mil aves”.

Ara tem um novo modelo vegan a pensar no meio ambiente

A ARA está quase a chegar àquela fase dos “entas”, uma vez que celebrou 48 anos de história em Portugal em dezembro do ano passado. Signific...