sábado, 29 de agosto de 2020

Crianças que crescem em áreas verdes têm melhor desenvolvimento cognitivo e QI mais alto


O estudo diz que um mero aumento de 3% de área verde no bairro analisado traduziu-se numa subida média de 2,6 pontos do QI, independentemente de se tratar de uma zona rica ou pobre. Um grupo de investigadores da Universidade Hasselt, na Bélgica, publicou um estudo em que relaciona o melhor desenvolvimento cognitivo das crianças com os espaços verdes residenciais em zonas urbanas e rurais. O resultado não é exatamente uma novidade, mas estes investigadores incluem um dado novo: o QI (quociente de inteligência) mais alto naqueles meninos que vivem em zonas verdes. A história veio no jornal “The Guardian”, que recorre à revista científica “Plos Medicine”, onde o artigo foi publicado. Resumindo e taxativamente, o documento diz o seguinte: as crianças que crescem e vivem em áreas urbanas mais verdes têm mais inteligência e níveis de comportamentos difíceis mais baixos. A investigação analisou mais de 600 crianças entre 10 e 15 anos. O estudo diz que um mero aumento de 3% de área verde no bairro analisado traduziu-se numa subida média de 2,6 pontos do QI, independentemente de se tratar de uma zona rica ou pobre. "Há cada vez mais provas de que ambientes verdes estão associados à nossa função cognitiva, nomeadamente memória e atenção”, disse ao “Guardian” Tim Nawrot, da Universidade Hasselt, que fez referência também ao menor stress, maior contacto social e serenidade daquelas zonas. “O que este estudo adiciona com o QI é uma medida clínica mais difícil e bem estabelecida. Acho que os construtores das cidades ou os que planeiam as mesmas devem priorizar o investimento em espaços verdes porque é realmente importante criar um ambiente ideal para as crianças desenvolverem todo o seu potencial.” Finalmente, ainda de acordo com o artigo do jornal britânico, o estudo daquela universidade belga revela que o QI médio das crianças analisadas foi 105, revelando ainda que 4% do total, com pontuação abaixo de 80, cresceu em zonas com poucas áreas verdes. Nenhuma criança que esteja inserida numa zona residencial com maior quantidade de área verde teve uma pontuação semelhante.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Árvores híbridas ameaçam poluição e prometem madeira rentável

 


A árvore esmeralda, uma espécie híbrida criada pelo cientista húngaro József Steier, após diversos cruzamentos, ambiciona revolucionar o planeta no combate às alterações climáticas.

A revolução prometida baseia-se nas cerca de 100 toneladas de dióxido de carbono alegadamente filtradas por ano em cada hectare de uma floresta de esmeralda, por comparação com as cerca de 14 toneladas anuais por hectare de uma floresta convencional, promete a descrição desta nova espécie híbrida.

Há ainda a riqueza extraída da madeira destas árvores de crescimento relativamente rápido.

"Uma floresta tradicional, por exemplo de carvalho, reproduz-se em 60, 80, às vezes demora até 100 anos. No caso da floresta esmeralda, as árvores podem ser cortadas três ou quatro vezes a cada 30 anos", explicou à Euronews József Steier, um homem movido pelo sonho de desenvolver uma floresta em pleno deserto do Saara, em África.

De acordo com a descrição fornecida, esta árvore que pretende ser revolucionária cresce ao longo de seis anos até ganhar um tronco com cerca de meio metro de diâmetro e uma altura de seis metros, desenvolvendo cerca de 30% de biomassa na copa.

Há praticamente um ano, a alegada primeira quinta de filtragem de dióxido carbono da Europa composta por árvores esmeralda foi inaugurada na Hungria, garantindo respeitar os critérios de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas.

O correspondente da Euronews na Hungria teve oportunidade de verificar alguns dos artigos produzidos a partir da madeira da esmeralda e explica-nos que as "portas e janelas produzidas com madeira esmeralda ardem apenas a temperaturas muito altas".

"Além disso, esta madeira é ultra leve, o que torna os artigos produzidos amigos do ambiente, práticos e seguros", conclui o jornalista Zoltán Siposhegyi.

Falta conhecer apenas as características dos solos onde esta árvore se desenvolve, a relação que a espécie tem com o ecossistema em que se insere e como reage, por exemplo, após um incêndio.

Poluição do ar reduz em dois anos esperança de vida em todo o mundo

 


Segundo o mais recente relatório sobre a Qualidade do Ar, o Air Quality Life Index (AQLI), estima-se que a poluição do ar reduz em dois anos a esperança média de vida das pessoas em todo o mundo. O relatório acrescenta ainda que a poluição é mesmo o maior risco para a saúde humana, superiorizando-se à pandemia da COVID-19.

“Embora a ameaça do coronavírus seja grave e mereça toda a atenção que está a receber, enfrentar a gravidade da poluição do ar com um vigor semelhante permitiria que biliões de pessoas em todo o mundo levassem vidas mais longas e saudáveis”, diz Michael Greenstone, professor de economia do Milton Friedman Distinguished Service e um dos fundadores do Air Quality Life Index.

O documento afirma que se todos os países mantiverem a poluição dentro dos limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde, que é de 10 μg/m3, a expectativa de vida actual subiria de 72 para 74 anos. Em média, os seres humanos estão expostos a uma concentração de poluentes de 29 μg/m3.

Segundo os especialistas, a poluição tem um impacto mais devastador na longevidade do que doenças transmissíveis como a tuberculose ou a SIDA. O tabagismo leva a uma redução na esperança média de vida global de cerca de 1,8 anos. A falta de água potável e de saneamento retiram 7 meses. Conflitos e terrorismo cortam 18 dias de vida.


Ambulâncias com painéis solares para diminuir poluição e não só…

 


Estamos numa era de mudança do segmento automóvel. A aposta em veículos a gasolina e em especial a gasóleo, pode vir a perder força nos próximos tempos, sendo a opção dos eléctricos a mais natural.

O que acham da ideia de ter ambulâncias com painéis solares para diminuir poluição e carregar equipamentos médicos?

O governo federal de Toronto anunciou que vai instalar painéis solares em ambulâncias para diminuir poluição. De acordo com as informações, os painéis solares vão ser instalados na parte superior de 215 ambulâncias e em mais de 30 unidades de emergência. Tal alteração irá permitir carregar a energia de equipamentos médicos transportados a bordo.

Painéis solares vão permitir carregar equipamentos médicos…

O governo federal, que estabeleceu uma meta nacional de reduzir as emissões de carbono em 30% abaixo dos níveis de 2005 até 2030 sob o Acordo de Paris, investiu 1,1 milhão de dólares.

O investimento irá também ajudar a pagar os motores eléctricos híbridos em mais de 100 ambulâncias para poupar em combustível e reduzir as emissões. Contas feitas, tal investimento significa, em termos de poluição, remover cerca de 2900 carros das estradas por um ano.

Poluição atmosférica pode estar a deixar as abelhas doentes

 


Os altos níveis de poluição atmosférica em algumas cidades estão a deixar as abelhas doentes, tornando-as mais lentas na polinização das flores.

Quer se trate do fumo dos tubos de escape dos carros ou de usinas de energia, a poluição atmosférica é uma ameaça muitas vezes invisível que é uma das principais causas de morte em todo o mundo. Respirar o ar misturado com metais pesados, óxidos de azoto e partículas finas tem sido associado a uma série de condições crónicas de saúde, incluindo problemas pulmonares, doenças cardíacas, derrame cerebral e cancro.

Se a poluição atmosférica pode prejudicar a saúde humana de tantas maneiras diferentes, faz sentido que outros animais também sofram com ela. Os poluentes transportados pelo ar afectam todos os tipos de vida, até mesmo os insectos. Em áreas altamente poluídas da Sérvia, por exemplo, os investigadores encontraram poluentes remanescentes nos corpos das abelhas-europeias.

Sabe-se ainda que o fumo do escape de um carro interrompe as pistas de cheiro que atraem e guiam as abelhas em direcção às flores, ao mesmo tempo que interfere com a sua capacidade de se lembrarem dos cheiros.

Agora, um novo estudo publicado esta semana na revista científica PNAS revelou como a poluição do ar pode estar a esgotar a saúde das abelhas na natureza. Esses efeitos podem não matar as abelhas imediatamente, mas os investigadores descobriram que a poluição atmosférica torna as abelhas lentas nas suas actividades diárias e pode estar a encurtar as suas vidas.

Abelhas doentes em Bangalore

A Índia é um dos maiores produtores mundiais de frutas e vegetais. Para esse sucesso, são essenciais as espécies polinizadoras, como a vespa-gigante-asiática. Ao contrário das abelhas-europeias, estas abelhas são predominantemente selvagens e regularmente resistem a humanos e outros animais ansiosos para colher o seu mel. As colónias podem migrar por centenas de quilómetros num ano, polinizando uma vasta gama de plantas e plantações selvagens em toda a Índia.

Os investigadores estudaram como é que essa espécie estava a sair-se na cidade de Bangalore, no sul da Índia, onde os registos de poluição atmosférica foram relatados como alguns dos mais altos do país. As vespas-gigantes-asiáticas foram observadas e recolhidas em quatro locais da cidade ao longo de três anos. Cada uma tinha padrões diferentes de poluição atmosférica.

O número de abelhas a visitar as flores foi significativamente menor nos locais mais poluídos, possivelmente reduzindo a quantidade de plantas polinizadas. As abelhas desses locais morreram mais rapidamente após a captura e estavam parcialmente cobertas por vestígios de arsénio e chumbo. Elas tinham batimentos cardíacos arrítmicos, menos células imunológicas e eram mais propensas a mostrar sinais de stress.

No entanto, existem algumas ressalvas a serem consideradas. Por um lado, as áreas com alta poluição podem ter tido menos plantas com flores, o que significa que as abelhas eram menos propensas a procurá-las.

Além disso, os investigadores analisaram a saúde das abelhas em partes da cidade puramente com base em diferentes níveis de poluição medida. Eles não conseguiram isolar o efeito da poluição com certeza absoluta.

Mas, crucialmente, não foram apenas as abelhas que mostraram essa tendência. Numa experiência, os autores do estudo colocaram gaiolas de moscas-da-fruta nos mesmos locais. Assim como as abelhas, as moscas ficaram cobertas de poluentes, morreram mais rapidamente onde havia mais poluição e apresentaram níveis mais elevados de stress.

Tem uma veia artística e é amigo do ambiente? Este concurso é para si.


A Câmara Municipal de Lisboa e a Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) juntaram-se para organizar o Prémio Ilustração: Lisboa Capital Verde 2020, que visa reforçar o apoio à criação e à promoção dos valores da arte contemporânea e da consciência ambiental. As candidaturas estão abertas até 13 de Setembro.

Os trabalhos de ilustração a concurso devem ser apresentados num portefólio em formato digital (um único arquivo em PDF A4, até 10Mb, que incluirá ficha de candidatura e CV em modelo Europass) e subordinar-se à exploração plástica das temáticas ligadas às alterações climáticas e à sustentabilidade.

“Podem candidatar-se ao Prémio os estudantes dos anos lectivos de 2019/2020 e de 2020/2021 dos seguintes cursos e graus de ensino: a) Estudantes dos cursos de formação artística vocacional de ensino secundário, das escolas secundárias da área metropolitana de Lisboa; b) Estudantes do ensino superior artístico, dos cursos de licenciatura em artes das escolas do ensino superior português”, esclarece o regulamento. “Os candidatos não podem ultrapassar o limite de idade de 30 anos em 31 de Dezembro de 2020”.

De entre o universo de candidatos que cumpram os critérios estabelecidos, será feita uma selecção de 20 finalistas, antes da escolha dos premiados, que “é feita por maioria simples dos votos expressos”. O Júri responsável é composto pelos ilustradores profissionais António Jorge Gonçalves, Cristina Sampaio, André Carrilho, Nuno Saraiva e Madalena Matoso, sendo presidido pelo Presidente da Direcção da SNBA, João Paulo Queiroz.

Os prémios, que são fixados em numerário num valor total de 5000€, serão atribuídos nos seguintes termos: até aos 18 anos, o primeiro prémio é de 1100€ e o segundo de 600€; para maiores de 18, há três prémios (Intervenção, Inovação e Expressão) e são todos 1100€.

Os trabalhos premiados revertem para a colecção da Câmara Municipal de Lisboa e haverá ainda uma exposição, prevista decorrer de 8 de Outubro a 7 de Novembro, na Sociedade Nacional de Belas Artes.

 Fotografia: Joanna Kosinska

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Olhão introduz agricultura hidropónica em iniciativa com cariz social

 

O concelho de Olhão vai ser um dos pioneiros da agricultura hidropónica urbana, através da implementação de um projecto de empreendedorismo social denominado Agrolux, anunciou a autarquia local.

Em breve, a iniciativa da Câmara de Olhão e da cooperativa Grow in Peace estará a funcionar em pleno num espaço às portas da cidade, no sítio de Peares, que foi cedido para o efeito.

A iniciativa do município algarvio e da cooperativa de agricultures urbanos e periurbanos Grow in Peace, consiste na instalação de uma estrutura com cerca de 2.500 m2, onde mais de duas dezenas de pessoas com algum tipo de incapacidade e desempregadas, desenvolverão o seu trabalho agrícola, através da ciência que permite cultivar plantas em altura apenas com água e nutrientes.

O contrato de comodato - através do qual o município cede o terreno municipal situado perto da EN 125, na freguesia de Quelfes, à Grow in Peace -, foi assinado ontem pelo presidente da câmara, António Miguel Pina, e pela representante da Grow in Peace, Iracema Stramotas.

Esta aposta na área do emprego com “uma vertente de cariz social muito vincada”, como refere, em comunicado, o autarca olhanense António Miguel Pina, conta com os apoios do programa Portugal Inovação Social e do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT).

“Olhão está a caminhar para uma nova forma de interacção em sociedade. Vamos criar a possibilidade de produzir alimentos, criar postos de trabalho e facilitar a inserção social de grupos de maior vulnerabilidade, motivando-os a serem produtores de hortofrutícolas”, destaca.

Enquanto a Grow in Peace instala a estrutura onde se desenvolverá este projecto, os 22 futuros ‘agricultores’ - que serão indicados por algumas instituições particulares de solidariedade social (IPSS) do concelho -, participarão numa acção de formação organizada pela cooperativa.

Este projecto, denominado Agrolux – Agricultura Hidropónica Urbana, de cariz social e com destaque a nível europeu, uma vez que conta com o apoio do EIT Food, numa segunda fase terá como principais destinatários os jovens NEET, aqueles que não tendo trabalho nem estando a estudar, poderão ter aqui uma ocupação rentável e desenvolver o seu próprio negócio.

“São legumes e vegetais que serão produzidos e consumidos no concelho e, se mais tarde houver produção para tal, poderão ser distribuídos a nível regional. Porque o Algarve não é só férias! O Algarve tem de ser sustentável e este projecto traz-nos isso mesmo: uma agricultura limpa e sustentável, porque não se gastará mais água do que aquela que é estritamente necessária, sobretudo numa região onde nos debatemos cada vez mais com a escassez de água”, ressalva António Miguel Pina, explicando que “toda a água da rega é reutilizada, em ‘circuito fechado’, não há desperdícios”.

Já existem contactos com hotéis, restaurantes e supermercados do concelho, mas a venda dos produtos que estes ‘novos agricultores’ produzirão poderá também alargar-se às escolas e IPSS do concelho de Olhão.

O projecto terá início em breve, com a legalização do espaço cedido pela autarquia e a respetiva implantação da estrutura no terreno, para depois ser possível começar a cultivar de forma sustentável em Olhão.

Os frutos das primeiras sementeiras deverão estar disponíveis para consumir na próxima primavera, revelou a autarquia.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Universidade de Aveiro vai reembolsar quem devolver garrafas e latas


Os alunos e trabalhadores da Universidade de Aveiro (UA) vão poder vir a ser reembolsados pelas garrafas ou latas que devolvam, no âmbito de um projecto pioneiro a nível nacional orçado em 842 mil euros, informou fonte académica. Numa nota enviada à agência Lusa, a UA refere que o projecto REAP — Reciclagem e Reembolso de Embalagens de alumínio e PET (polietileno tereftalato) foi aprovado pelo Programa Ambiente do Mecanismo Financeiro plurianual (EEA Grants), tendo o respectivo contrato de financiamento sido assinado na última sexta-feira. O projecto tem como princípio base a possibilidade de os alunos e trabalhadores daquele estabelecimento de ensino poderem ser reembolsados por cada garrafa ou lata que devolvam. De acordo com a UA, esta devolução será feita em equipamentos dedicados e adquiridos no âmbito do projecto e o valor do reembolso deverá ser creditado no Cartão Único da UA, o qual já está associado aos sistemas de acessos e pagamentos da instituição. “É esperado que, havendo uma separação dedicada, com um menor grau de contaminação, o produto resultante da recolha possua uma qualidade superior e se assista a um aumento da recolha selectiva de PET e alumínio”, refere a mesma nota. A avaliação ambiental deste projecto-piloto será realizada através duma análise de ciclo de vida. A UA esclarece ainda que o produto resultante da implementação do projecto terá como destino a indústria recicladora e produtora de embalagens de PET e de alumínio e a reciclagem para fins de demonstração e inovação. “Pretende-se adquirir equipamentos que permitam a transformação do PET em matéria-prima adequada para projectos de investigação na área de impressão 3D, na incorporação em novos materiais, a produção de novos produtos (embalagens) e a avaliação da sua qualidade, promovendo e apoiando o sector da reciclagem e o mercado de matérias-primas secundárias”, diz a UA. A UA destaca ainda a “forte” vocação social do projecto, na medida em que se pretende que as contrapartidas financeiras provenientes do encaminhamento do produto recolhido sejam canalizadas para a acção social escolar, traduzindo-se num apoio directo aos alunos carenciados da instituição. Para a implementação deste projecto, a UA terá como parceiros a empresa norueguesa Infinitum e os municípios da área para onde a universidade se estende. Esta é mais uma iniciativa a juntar-se à lista das que têm sido levadas a cabo em diversas universidades portuguesas que tentam ser mais sustentáveis. A própria UA já tinha oferecido lanche a quem fosse para as aulas de bicicleta e quando recebeu os alunos no início do ano lectivo apresentou-lhes um piquenique com copos reutilizáveis. Mais ainda, a instituição oferece aos alunos árvores da região, que são mais tarde plantadas em zonas afectadas pelos incêndios. 

Ambiente. Há políticas de qualidade de ar, só falta concretizar.

 


Ao averiguar se Portugal tem uma política de qualidade do ar adequada às metas estabelecidas e capaz, o Tribunal de Contas concluiu que as políticas existem, faltando, no entanto, a sua concretização. “O conjunto de medidas definidas não é, no entanto, suficientemente concretizado, não é objecto de acompanhamento, o seu custo não é claro, não existe um orçamento de suporte às medidas”, escreveu o Tribunal de Contas. 

O relatório sublinha ainda que a coordenação das políticas foi limitada e não existe informação sobre o acompanhamento das mesmas, “não sendo possível apurar o grau de implementação”. 

Apesar de reconhecer que a qualidade do ar em Portugal tem vindo a melhorar, o Tribunal de Contas revela também que “as medidas tomadas não se revelam inteiramente eficazes para garantir que os níveis de alguns poluentes atmosféricos se situem abaixo dos limites estabelecidos, em particular nos grandes centros urbanos”. Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma em cada nove mortes no mundo é causada pela poluição do ar.

Cientistas encontram microplástico em tecidos de órgãos humanos

 

Já não é novidade que os microplásticos causam danos ao meio ambiente: eles depositam-se no fundo do mar e afectam a sobrevivência de peixes e animais marinhos. Agora, cientistas norte-americanos relatam que encontraram micro e nanoplásticos em órgãos e tecidos humanos.

Microplásticos são fragmentos de polímeros que medem menos de 5 milímetros; e nanoplásticos não passam de 0,001 milímetro. "Em poucas décadas, deixamos de ver o plástico como um benefício maravilhoso para considerá-lo uma ameaça", disse, em nota, Charles Rolsky, autor da pesquisa que foi apresentada ontem no congresso da Sociedade Americana de Química. "Há evidências de que ele está entrando no nosso corpo, há pouca investigação. Neste momento, não sabemos se esse plástico é apenas um incómodo ou se representa um perigo para a saúde humana".

Para realizar o estudo, os investigadores recolheram 47 amostras de tecidos corporais retirados de pulmões, fígado, baço e rins — quatro órgãos que provavelmente estão expostos, filtram ou colectam microplásticos. A equipa desenvolveu um método que extraiu esses componentes e também criou um programa de computador que contou as partículas encontradas. 

Como resultado, os especialistas conseguiram detectar dezenas de tipos de materiais plásticos em tecidos humanos, incluindo policarbonato, tereftalato de polietileno e polietileno. Por sua vez, o bisfenol A (BPA), usado em recipientes de alimentos e comidas, por exemplo, foi encontrado em todas as amostras humanas. Os doadores de tecido forneceram informações detalhadas sobre o seu estilo de vida, dieta e ocupação, o que pode fornecer mais informações para detectar fontes e vias de exposição a micro e nanoplásticos.

“Nunca queremos ser alarmistas, mas é preocupante que esses materiais não biodegradáveis ​​que estão presentes em todos os lugares possam entrar e a acumular nos tecidos humanos, e não sabemos os possíveis efeitos para a saúde”, diz Varun Kelkar, co-autor do estudo. O próximo passo do grupo é conduzir estudos para avaliar os riscos potenciais que esses fragmentos causam ao nosso organismo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Gisele Bündchen pediu 40 mil árvores de aniversário (e já recebeu 250 mil)

 

Quando comemorou 40 anos (no dia 20 de julho) a supermodelo pediu que a ajudassem a plantar 40 mil árvores na Amazónia. Para concretizar este desejo, a activista pediu ajuda ao Instituto Socioambiental, a primeira instituição para a qual contribuiu depois de, em 2004, ter visitado uma aldeia indígena na Amazónia e se ter sentido incentivada a apoiar uma das suas campanhas, a Y Ikatu Xingu.

Desta, resultou a “maior rede de sementes nativas do Brasil”, a “Rede de Sementes do Xingu”, que já ajudou a restaurar mais de 6,6 mil hectares (cerca de um milhão de árvores) de áreas degradadas. A doação continuou. Ontem, dia 13 de agosto, Gisele Bündchen partilhou nas redes sociais que chegou ao incrível número de 250 mil árvores plantadas a partir de milhares de doações. “Fico muito feliz de saber que a minha intenção de retribuir um pouco por tudo o que a Mãe Terra me deu nestes 40 anos acabou por alcançar milhares de pessoas em todo mundo. Vamos conseguir plantar muito mais do que as 40 mil árvores”, escreveu.

Via Greensavers

Em Moura só paga pelo seu lixo.

 

Está para breve a segunda fase de implementação do projecto PAYT – Recolha Porta-a-Porta no bairro do Sete-e-Meio, em Moura.

A Câmara Municipal de Moura e a Resialentejo vão avançar, em setembro, e, numa sensibilização estará no terreno uma equipa de técnicos porta-a-porta, irá estar uma equipa de técnicos credenciados para realizar uma ação de sensibilização de modo a esclarecer a população sobre o funcionamento do sistema e os procedimentos que devem r adotados.

O projecto chama-se PAYT (Pay-As-You-Throw) e tem a particularidade de, em lugar de uma taxa fixa e abstrata, os cidadãos pagarem apenas os resíduos que efectivamente produzem, promovendo também o aumento da reciclagem.

Já em funcionamento no centro de Moura desde janeiro, este projecto-piloto de recolha porta-a-porta é um novo sistema de recolha de resíduos domésticos e surge de uma parceria da RESIALENTEJO, em conjunto com os Municípios de Moura, Barrancos, Beja, Mértola, Ourique e Serpa.

Via Tribuna

Percursos pedestres em Vila Nova de Poiares para amantes da natureza

 

São três os percursos pedestres que autarquia de Vila Nova de Poiares propõe aos amantes da natureza.

Ao longo de quase 30 quilómetros é possível descobrir os principais recursos naturais do concelho, numa iniciativa pensada para os novos tempos em que vivemos.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Mais de três mil toneladas de resíduos de Itália impedidas de entrar em Portugal

 

A Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) impediu no primeiro semestre que 3.591,84 toneladas de resíduos provenientes de Itália fossem depositadas em aterros nacionais.

No âmbito de acções de controlo de movimentos transfronteiriços de resíduos, a IGAMAOT interditou a saída de 108 contentores de resíduos no porto de Sines e de 36 no de Leixões, provenientes de Itália e com destino a aterros nacionais, segundo informação oficial a que a Lusa teve hoje acesso.

A medida inseriu-se na decisão do Governo de suspender, a partir e 17 de maio e até final do ano (no âmbito da pandemia de covid-19), autorizações de entrada em Portugal de resíduos para eliminação quando os mesmos se destinam a depósito em aterros.

A interdição, numa operação em conjunto com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e a Polícia Marítima, justifica-se por os resíduos terem desembarcado em Portugal depois de 17 de maio, "configurando assim transferências ilegais" nos termos do regime de excepção.

As acções no primeiro semestre do IGAMAOT incluíram duas campanhas de reforço do controlo de movimentos transfronteiriços de resíduos por via terrestre e marítima, e 18 acções inspectivas, com a colaboração de várias entidades portuguesas e espanholas.

De acordo com o balanço, a que a Lusa teve acesso, na primeira campanha foram controlados 517 movimentos de mercadorias, dos quais 79 eram transportes de resíduos de vários tipos. Dois desses 79 transportes foram mandados retornar à origem "por terem como destino um operador de gestão de resíduos não licenciado" e um terceiro foi encaminhado para destino autorizado.

A IGAMAOT anulou ainda uma tentativa de exportação por via marítima de uma mistura de resíduos para a Malásia sem processo de notificação e consentimento prévio.

Ao todo, na primeira campanha, a IGAMAOT detetou 26 situações suscetíveis de constituírem contraordenações ambientais.

A segunda campanha de movimentos transfronteiriços de resíduos foi feita nas zonas industriais do Barreiro, Setúbal, Chamusca e Maia, na ponte 25 de Abril e nos portos marítimos e seus acessos. Foram controlados 201 movimentos de mercadorias, 79 de resíduos.

Segundo a informação a que a Lusa teve acesso, registou-se uma tentativa de exportação por via marítima de resíduos de plástico para Hong Kong "em situação de incumprimento". Ao todo foram identificadas nove infrações que podem ser contraordenações ambientais.

Foto: Luis Guerreiro

200 mil euros do Fundo Ambiental financiam trabalhos na Ribeira de Aljezur

 

O Município de Aljezur viu aprovado um apoio de 200 mil euros do Fundo Ambiental para intervir na Ribeira de Aljezur.

Este financiamento, no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social, prevê que o Fundo Ambiental «financie intervenções de reabilitação de leitos e margens das ribeiras com recurso a técnicas de engenharia natural».

Para isso, explica a Câmara de Aljezur, «foi estabelecido um protocolo de colaboração técnica e financeira entre o Fundo Ambiental e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), com vista ao financiamento das intervenções de reabilitação fluvial».

A assinatura do protocolo entre a APA e 17 municípios, entre os quais Aljezur, aconteceu a 24 de Julho, em Oliveira do Bairro, com a presença de João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Acção Climática, e de Inês dos Santos Costa, secretária de Estado do Ambiente.

Segundo a Câmara de Aljezur, «o próximo passo, será o de avançar para projecto durante o corrente ano e respectiva execução durante o próximo ano de 2021».

O Município pretende que este seja um «projeto mais ambicioso, no sentido da valorização dos recursos ambientais, culturais e históricos, e dos usos ancestrais da ribeira e da relação com a Vila de Aljezur».

Polónia: Ciclovia usa energia solar para brilhar no escuro


 

No norte da Polónia, mais concretamente na cidade de Lidzbark Warmiński, andar de bicicleta tornou-se um pouco mais ecológico ainda. Uma empresa local construiu um protótipo de ciclovia que absorve os raios solares durante o dia, para que possa acender à noite, iluminando assim o caminho para as pessoas nas suas bicicletas. A superfície da ciclovia contém um material chamado fósforo, que pode emitir luz fluorescente por 10 horas no escuro, depois de absorver a luz do sol o dia inteiro. O caminho tem apenas 100m de comprimento no momento, mas é um bom começo na mesma. “O material que usamos para a pista, fornece luz por mais de 10 horas. Isso significa que a estrada pode irradiar a noite toda e retomar a luz no dia seguinte ”, explica o presidente da empresa que construiu a ciclovia. Não é a única ciclovia iluminada da Europa. Em 2014, um designer holandês revelou uma ciclovia que ganhou vida no escuro com padrões adoptados pela famosa obra-prima do pintor holandês Vincent van Gogh, The Starry Night. O caminho de 1 km, perto de um local onde o artista cresceu na província de Noord Brabant, brilha com os pontos de marca do pintor e gira no escuro. Essa façanha é graças a uma tinta especial que depende de energia solar, embora a própria iluminação provenha de luzes LED embutidas na superfície da estrada. A Holanda e a Polónia estão entre os países mais propícios para ciclistas da Europa. Numerosos habitantes locais de ambos os países preferem ir à escola e trabalhar nas suas bicicletas, onde são ajudados por um grande número de ciclovias.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

“A utilização da máscara só termina quando a coloca no lixo”: DGS deixa apelo para proteger ambiente durante covid-19




“Para a proteção de todos e do ambiente, coloque a máscara no lixo”. É assim que a Direção-Geral da Saúde (DGS) faz o apelo, para que ninguém deixe a máscara cirúrgica no chão.


A DGS recorda que a utilização das máscaras só termina quando as coloca no local devido. “Independentemente de usarem descartáveis ou não, há regras que se devem cumprir e uma delas é a proteção do ambiente. Uma máscara descartável deve ir para o chamado lixo doméstico. Nunca deve ser abandonada na via pública”, alerta a autoridade de Saúde.


Em Portugal, o uso de máscara é obrigatório em espaços  fechados e nos transportes públicos.

Lordelo: Voluntariado procura deixar florestas com “bom ambiente”



No âmbito do programa de Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), o Município de Paredes promoveu o projecto Florestas com “bom ambiente”, tendo-se iniciado hoje, no Parque do Rio Ferreira, em Lordelo.

Este é o segundo grupo de voluntários que se propuseram a vigiar a floresta, realizando ações de cariz ambiental, até ao dia 14 do presente mês, adianta a Câmara de Paredes.

Os 20 jovens foram acolhidos pelo vice-presidente do Município, Francisco Leal, acompanhado pelo vereador da juventude, Paulo Silva, o presidente da Junta de Freguesia de Lordelo e Sobreira, Nuno Serra e João Gonçalves, respectivamente.

De acordo com a Câmara, a acção envolveu 40 jovens voluntários de Paredes com intervenções nas freguesias de Aguiar de Sousa, Sobreira, Parada de Todeia, Baltar e Lordelo.

Fonte: Câmara Municipal de Paredes

Microsoft tem nova meta amiga do ambiente. Equipamentos Surface vão ser 100% recicláveis



Depois de anunciar planos para atingir a negatividade carbónica até 2030, a Microsoft revelou agora outra meta para daqui a dez anos. A gigante tecnológica pretende que as operações diretas da empresa sejam de desperdício zero, bem como os produtos e as embalagens. Enquadrado no novo objetivo da empresa, até 2030 a Microsoft garante que vai fabricar equipamentos Surface 100% recicláveis.

Numa publicação de Brad Smith, o presidente da Microsoft, no seu blog, é referido que a meta de desperdício zero é o terceiro "sprint" do plano de sustentabilidade ambiental da empresa lançada no início deste ano. O presidente da gigante tecnológica assume que as metas são ambiciosas e explica de que forma é que a Microsoft vai conseguir alcançar este objetivo em concreto.

De forma a tratar da própria criação de resíduos, a Microsoft vai reduzir quase tanto desperdício como aquele que gera, enquanto reutiliza, redireciona ou recicla resíduos sólidos, compostos, eletrónicos, e constrói e destrói resíduos perigosos. Isso será garantido através da criação dos Microsoft Circular Centers, que Brad Smith afirma que serão os primeiros a reutilizarem e redirecionarem servidores e hardware nos datacenters da empresa.

Empenhada já há vários anos a ser mais amiga do ambiente, a Microsoft vai ainda eliminar plásticos de utilização única nas embalagens e utilizar a tecnologia para melhorar a contagem de resíduos, numa altura em que anuncia que vai fazer também novos investimentos nos fundos dos parceiros de circuito fechado. A empresa vai ainda incentivar os colaboradores a reduzirem os seus próprios desperdícios.

Até 2030, a empresa vai desviar pelo menos 90% dos resíduos sólidos para aterros dos datacenters e vai fabricar equipamentos Surface 100% recicláveis. A meta define ainda como plano a utilização de embalagens 100% recicláveis e obter, no mínimo, um desvio de 75% dos resíduos de construção e demolição para todos os projetos.

Depois de já ter apresentado o seu plano amigo do ambiente, a Microsoft anunciou um novo projeto chamado "Planetary Computer". A iniciativa consiste na recolha de dados e imagens e no processamento destes com recurso a inteligência artificial e machine learning. A ideia é chegar a insights acerca do estado do ambiente e remetê-los para organizações ambientais e governos de todo o mundo, de forma a auxiliar a tomada de medidas que ajudem a construir uma sociedade mais sustentável.

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