Todos os dias, aproximadamente 8 milhões de peças de plástico contaminam os nossos oceanos. Agora pode haver cerca de 5,25 trilhões de peças macro e microplásticas flutuando no oceano. Pesando até 269.000 toneladas. Plásticos consistentemente compõem 60 a 90% de todos os detritos marinhos estudados. Noutra estimativa, mais de dezoito trilhões de libras de plástico foram produzidas até agora, e dezoito bilhões de libras de plástico fluem para o oceano a cada ano. Os plásticos põem em risco os animais marinhos e os peixes que colocamos nos nossos pratos.
Agora, investigadores da Universidade de Valle de Atemajac, em Zapopan, no México, encontraram alternativas ao plástico tradicional produzido a partir de hidrocarbonetos. Este plástico não-tóxico leva um mês para ser biodegradado no solo e uma semana em água. O projecto foi apoiado por uma bolsa de estudos para estudantes de pós-graduação concedida pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do México. Liderada por Sandra Pascoe Ortiz, professora de engenharia química na Universidade do Vale de Atemajac, cientistas da Universidade do Vale de Atemajac, em Guadalajara, criaram com sucesso plástico biodegradável a partir do suco do cacto. Os investigadores cortam as folhas de cactos e as colocam num espremedor e criam um líquido verde brilhante. Depois de misturado com outros materiais naturais e processado, mais tarde passa por um processo que transforma o suco de cactos num plástico biodegradável.
Ao contrário de outros bio-plásticos, os investigadores disseram que o novo material se biodegrada rapidamente e começa a se decompor depois de ficar no solo por um mês e, quando deixado na água, se decompõe em questão de dias. Além disso, não é tóxico se for comido. "O cacto desta espécie contém uma grande quantidade de açúcares e gomas que favorecem a formação do biopolímero", diz Sandra Pascoe Ortiz, professora de engenharia química da Universidade do Vale de Atemajac, que lidera a pesquisa. Ela espera poder substituir a maioria dos produtos plásticos de uso único no mundo. "Espero que o plástico à base de cacto ajudará a reduzir o impacto dos resíduos sólidos no México e em todo o mundo", disse Pascoe Ortiz.
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