segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Químicos das beatas estão a entrar na cadeia alimentar humana


  • Nicotina, arsénio e chumbo são libertados no oceano contaminando algas e animais que mais tarde são consumidos pelo Homem.
  • Os componentes químicos das beatas de cigarro estão a entrar na cadeia alimentar humana. Nicotina, arsénio e chumbo são três dos mais perigosos poluentes que são libertados pelas beatas nos oceanos e que acabam por ser absorvidos por algas e peixes que mais tarde são consumidos pelos humanos.
  • O termo poluição marinha remete-nos para imagens de palhinhas, cotonetes, garrafas e outros resíduos de plástico. As beatas de cigarro são, sem dúvida, uma forma muito mais prejudicial de desperdício e não têm recebido a atenção que merecem podendo causar danos irreversíveis nos oceanos e na vida animal.
    Recorde-se que em Portugal, já foi aprovada uma medida em algumas localidades, através da qual as autoridades podem multar as pessoas por atirarem beatas para o chão.
    Segundo um estudo realizado pela Ocean Conservancy, desde os anos 80 foram recolhidos dos oceanos 60 milhões de beatas, um número bem superior aos sacos, garrafas e palhinhas de plástico recuperados no mar e nas praias.
Além dos fumadores que deixam as beatas na praia ou no mar as mesmas podem vir dar à costa através de lixo dos rios que desaguam nos oceanos e as ondas trazem-nas de volta.
É determinante haver uma consciencialização do problema por parte de todos para que as consequências não sejam mais graves no futuro. As beatas podem demorar muitos anos até desaparecerem e enquanto estão a boiar nos oceanos vão libertando durante anos esses químicos nocivos à saúde.  

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