sábado, 29 de agosto de 2020

Crianças que crescem em áreas verdes têm melhor desenvolvimento cognitivo e QI mais alto


O estudo diz que um mero aumento de 3% de área verde no bairro analisado traduziu-se numa subida média de 2,6 pontos do QI, independentemente de se tratar de uma zona rica ou pobre. Um grupo de investigadores da Universidade Hasselt, na Bélgica, publicou um estudo em que relaciona o melhor desenvolvimento cognitivo das crianças com os espaços verdes residenciais em zonas urbanas e rurais. O resultado não é exatamente uma novidade, mas estes investigadores incluem um dado novo: o QI (quociente de inteligência) mais alto naqueles meninos que vivem em zonas verdes. A história veio no jornal “The Guardian”, que recorre à revista científica “Plos Medicine”, onde o artigo foi publicado. Resumindo e taxativamente, o documento diz o seguinte: as crianças que crescem e vivem em áreas urbanas mais verdes têm mais inteligência e níveis de comportamentos difíceis mais baixos. A investigação analisou mais de 600 crianças entre 10 e 15 anos. O estudo diz que um mero aumento de 3% de área verde no bairro analisado traduziu-se numa subida média de 2,6 pontos do QI, independentemente de se tratar de uma zona rica ou pobre. "Há cada vez mais provas de que ambientes verdes estão associados à nossa função cognitiva, nomeadamente memória e atenção”, disse ao “Guardian” Tim Nawrot, da Universidade Hasselt, que fez referência também ao menor stress, maior contacto social e serenidade daquelas zonas. “O que este estudo adiciona com o QI é uma medida clínica mais difícil e bem estabelecida. Acho que os construtores das cidades ou os que planeiam as mesmas devem priorizar o investimento em espaços verdes porque é realmente importante criar um ambiente ideal para as crianças desenvolverem todo o seu potencial.” Finalmente, ainda de acordo com o artigo do jornal britânico, o estudo daquela universidade belga revela que o QI médio das crianças analisadas foi 105, revelando ainda que 4% do total, com pontuação abaixo de 80, cresceu em zonas com poucas áreas verdes. Nenhuma criança que esteja inserida numa zona residencial com maior quantidade de área verde teve uma pontuação semelhante.

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