quinta-feira, 20 de maio de 2021

Mais de metade do desperdício de plástico em todo o mundo é causada por 20 empresas








Apenas vinte empresas são responsáveis por mais de metade do desperdício de plástico em todo o mundo, de acordo com o The Plastic Waste Makers index. O índice, divulgado esta terça-feira, foi elaborado pela organização australiana Minderoo Foundation, com o apoio de instituições como a London School of Economics e o Stockholm Environment Institute, entre outras.

Em termos de países, é a Austrália que lidera a tabela dos que mais produzem plásticos de uso único (com 59kg de plástico per capita, em 2019), seguida pelos Estados Unidos da América (53kg), pela Coreia do Sul (44 kg) e pelo Reino Unido (44 kg).

Entre as empresas responsáveis pela produção e o desperdício de 55% do plástico de todo o mundo - que contribuem para a crise climática e para catástrofes ambientais, de acordo com o estudo - estão tanto empresas privadas como estatais, muitas delas dos setores dos combustíveis e químicos.

Na lista de 20 empresas encontram-se onze asiáticas, quatro europeias, três norte-americanas, uma latino-americana e uma do Médio Oriente. De acordo com o índice da Minderoo Foundation, a produção deste plástico é ainda financiada por alguns dos bancos líderes a nível mundial, como o Barclays, HSBC, Bank of America, Citigroup e JPMorgan Chase.

A empresa petrolífera norte-americana ExxonMobil é apontada como a maior poluidora de plástico em todo o mundo, contribuindo com 5,9% de todo o plástico desperdiçado, seguida pela também norte-americana Dow, empresa química que produz 5,5%. O top 3 é fechado pela empresa de energia chinesa Sinopec, com 5,3%.

Os responsáveis por este índice lamentam que as empresas mundiais produtoras de plástico tenham sido autorizadas a trabalhar com regulação mínima e pouca transparência, ao longo de décadas.

"A poluição por plástico é uma das maiores ameaças que o nosso planeta enfrenta. O cenário só parece piorar e não podemos permitir que estes produtores de plástico derivado de combustíveis fósseis continuem sem nenhum escrutínio. Precisamos de intervenção firme por parte dos produtores, dos governos e dos financiadores para acabar com este ciclo de inação", defende Andre Forrest, presidente da Minderoo Foundation, em declarações ao jornal The Guardian.

Os plásticos de uso único são maioritariamente produzidos a partir de combustíveis fósseis, que potenciam as alterações climáticas, e, como são dos produtos mais difíceis de reciclar (apenas 10% a 15% deste plástico é reciclado, anualmente), acabam por se acumular, seja na terra ou nos oceanos.

"Aproxima-se uma catástrofe ambiental. Muitos do plástico de uso único acaba em poluição nos países em desenvolvimento", alertam os autores do estudo.

Espera-se que, até 2050, o plástico se torne responsável por até 10% das emissões de gases com efeitos de estufa. 

Foto: Legnan Koula/EPA

sábado, 8 de maio de 2021

Touradas na RTP parecem ter chegado ao fim








A transmissão de touradas na RTP deverá ter chegado ao fim. O novo contrato de concessão do serviço público da rádio e da televisão prevê, entre outras mudanças, o fim da transmissão dos espectáculos tauromáquicos a partir de 2024. Mas este ano já não está prevista nenhuma transmissão nos canais da estação pública, de acordo com a informação avançada pela Magg.

Além da decisão de eliminar da grelha a transmissão de touradas, o documento que está em consulta pública até ao final de Maio prevê que todos os canais, à excepção da RTP1, deixem de ter publicidade e chamadas de valor acrescentado para a compra de produtos ou concursos até 31 de Dezembro de 2023.

Outra das mudanças contempladas é a criação de um canal dedicado ao conhecimento, bem como a transformação da RTP Memória num canal com conteúdos para jovens e crianças. Na calha poderá estar também a criação de um canal de desporto que irá dedicar especial atenção à prática de modalidades amadoras, e outro para a divulgação de música portuguesa e dos PALOP. A RTP África, por sua vez, passará a fazer parte do sistema de TDT.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Na Maia quem reciclar mais paga menos na factura da água








 

A tarifa do lixo vai mudar no concelho da Maia. Os residentes que reciclarem mais vão pagar menos. Na factura, o sistema tarifário dos resíduos não estará directamente associado ao consumo de água.

A partir de maio, o valor dos resíduos irá variar de acordo com o número de vezes que o lixo indiferenciado for recolhido e da reciclagem resultará um desconto sobre esse montante na fatura.

O objectivo é que cada vez mais pessoas adiram à reciclagem. Para já ainda não está disponível esta recolha em apartamentos, apenas em moradias.

No próximo ano, a autarquia pretende alargar o sistema a todo o concelho.

COP16: cimeira termina sem acordo sobre formas de financiamento

A conferência das Nações Unidas sobre biodiversidade (COP16) terminou, este sábado, em Cali, na Colômbia, sem que os países participantes ch...