Quando pomos resíduos de plástico no lixo, é bem provável que deem a volta ao mundo, onde pode representar um risco para a saúde e segurança dos países em desenvolvimento.
O planeta está a ser enterrado sob plástico: as praias estão cheias de lixo, a vida marinha está a sufocar e estamos até a beber uma quantidade de plástico do tamanho de um cartão de crédito todas as semanas a partir da nossa água potável.
Reciclagem é uma boa ideia – até ser feito de forma errada. Aquela garrafa de plástico que se coloca no lixo da rua nem sempre é dividida e transformadanum novo produto. Às vezes, de acordo com um novo relatório, acaba no outro lado do mundo, no quintal de alguém, tomando o seu lugar entre dezenas de sacolas de supermercado e de lanches.
Segundo a investigação de seis meses Toxic Americado jornal britânico The Guardian, os EUA enviam cerca de um milhão de toneladas de resíduos plásticos para o exterior por ano. Grande parte desse plástico foi parar à China, onde foi reciclado – até que o país parou abruptamente a maioria das importações de resíduos plásticos em 2017.
Agora, uma boa parte dos resíduos plásticos dos EUA é enviada para os países mais pobres do mundo, incluindo Bangladesh, Laos, Etiópia e Senegal.
No ano passado, cerca de 68 mil contentores de reciclagem de resíduos plásticos dos EUA foram enviados para países em desenvolvimento, que administram mal mais de 70% dos seus próprios resíduos de plástico. Por exemplo, a Malásia despeja ou descarta inadequadamente 55% dos seus próprios resíduos plásticos, mas recebe mais resíduos dos EUA do que qualquer outro país.
Estima-se que 20% a 70% dos resíduos plásticos que vão para instalações de reciclagem em todo o mundo são inutilizáveis e descartados como lixo, de acordo com o relatório.
Além de ter que viver entre o lixo que lota as praias e ruas, o crescente número de instalações de processamento de plástico que estão a surgir nesses países representa riscos para a saúde dos cidadãosque vivem entre os suprimentos de água contaminada e o cheiro do fumo.
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