quinta-feira, 27 de junho de 2019

Depois de seis meses de adaptação, acabou de vez o uso de plástico em Bali


No domingo, 23 de junho, entrou oficialmente em vigor a lei que proíbe o uso de plásticos de utilização única como sacos, palhinhas e polistireno em Bali.

Segundo a associação Make A Change World, a ilha torna-se assim a primeira região da Indonésia a adoptar esta medida.
Em dezembro de 2017 tinha sido declarado o estado de emergência no local devido à crise da poluição de plástico. O governador, Wayan Koster, implementou esta lei a 21 de dezembro de 2018 e decretou um período de adaptação de seis meses.
Durante esse tempo, os comerciantes puderam definir alternativas aos sacos de plástico, palhinhas e esferovite. A capital, Denpasar, já via esta medida aplicada desde 1 de janeiro de 2019 aos comerciantes modernos. Agora, a lei está em vigor em toda a ilha e em todo o tipo de comércio.
A ONG Bye Bye Plastic Bags, que foi uma das principais impulsionadoras deste processo legislativo, revelou na última edição da sua newsletterque o diploma entrou oficialmente em vigor no dia 23 de junho.
A Indonésia é o segundo maior poluidor do mundoem termos de plásticos, apenas a seguir à China. Todos os anos, aquele país envia 200 mil toneladas de resíduos de plástico para os oceanos. Bali, um dos destinos mais turísticos do país, sofre particularmente com este problema, com toneladas de resíduos de plástico, produzidos por milhões de turistas, a inundarem as praias da ilha.
Estima-se que na ilha de Bali apenas 25% do lixo seja recolhido através dos canais normais de tratamento de resíduos. Tudo o resto é despejado em lixeiras, nos rios e no oceano. Além da proibição dos plásticos de utilização única, agora em vigor, a ilha está a estudar a possibilidade de implementar um imposto ambiental de 10 dólares (8,80 euros) aos turistas estrangeiros que visitam a ilha. Só em 2017, Bali recebeu 5,7 milhões de turistas de outros países.
O dinheiro recolhido através deste imposto à chegada servirá, como noticiou em janeiro o The Jakarta Post, para financiar programas ambientais na região, colocando em prática mais medidas ambientais e obtendo mais meios de limpeza. O novo imposto servirá ainda para se obter um melhor saneamento e recolha de lixo das ruas, mas também para financiar programas dedicados à preservação da cultura e natureza.

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