domingo, 9 de junho de 2019

França proclama a Declaração dos Direitos das Árvores.


As árvores também têm direitos na França! Contra os maus-tratos e pela preservação das árvores, a Declaração dos Direitos das Árvores foi proclamada no Parlamento francês. Um documento histórico apresentado pelos activistas da associação ambientalistas ARBRES, que desejam tornar-se universais e abrir caminho para uma nova legislação capaz de reconhecer a árvore como um ser vivo.
Oxigénio, água, regulação da atmosfera, compensação de emissões de CO2, fertilidade do solo, animais, plantas e insetos: o universo das árvores é único e indispensável que devemos proteger. Mas todos os dias somos obrigados a lidar com a imensa redução do patrimônio florestal do planeta.
"A árvore é um ser vivo fixo que, em proporções comparáveis, ocupa dois ambientes distintos, a atmosfera e o solo. Raízes se desenvolvem no solo, que captam água e minerais. A coroa cresce na atmosfera, que captura dióxido de carbono e energia solar. Por este motivo, a árvore desempenha um papel fundamental no equilíbrio ecológico do planeta".
Este é o primeiro artigo da Declaração dos Direitos das Árvores, que representa um marco em defesa destes monumentos milenares, lendários e majestosos, preciosos para as nossas vidas, e contra o desaparecimento das florestas em todos os cantos do globo.

A Declaração dos Direitos das Árvores

"Este texto visa mudar o olhar e o comportamento dos homens, conscientizando-os sobre o importante papel que as árvores desempenham na vida cotidiana e no futuro, abrindo caminho para mudanças legislativas rápidas em nível nacional".

 E, de facto, nos cinco artigos que compõem a Declaração, faz-se um apelo ao bom senso humano porque já não é mais possível viver sem considerar o ciclo de vida das árvores, o equilíbrio ecológico e a biodiversidade que dele dependem.
Como? Observando que uma árvore tem pleno direito à sua integridade física(galhos, tronco e folhagem) e subterrânea(raízes). A alteração desses órgãos enfraquece-a seriamente, assim como o uso de pesticidas e outras substâncias tóxicas.
A Declaração também apela à protecção das árvores monumentais. Algumas árvores consideradas notáveis ​​por suas idades, aparência ou por suas histórias, merecem atenção especial constituindo um património bio-cultural comum.
Um documento, em suma, que pode ser útil em todos os países para apontar a necessidade de definir as áreas de conservação do património paisagístico, beneficiando-se de uma maior protecção para todos os tipos de arbustos.

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