Um artigo científico sobre os resultados desta investigação acaba de ser publicado na revista de referência internacional "ACS Catalysis". "Perceber o funcionamento deste processo biológico com milhares de milhões de anos de evolução pode dar-nos a chave para o desenvolvimento de novas tecnologias que permitam a redução dos níveis atmosféricos de CO2", afirmou Inês Cardoso Pereira, investigadora principal e subdirectora do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB NOVA), um dos centros de investigação da UNL envolvidos nesta descoberta. A cientista explica que "o formato é um combustível que tem, face ao hidrogénio, a vantagem de ser líquido à temperatura ambiente, de fácil transporte e armazenagem, e de não ser explosivo nem tóxico. E hoje já existem células de combustível de formato para pequenos equipamentos".
"Os resultados do nosso estudo indicam novos caminhos para resolver um dos maiores desafios actuais para a sustentabilidade do planeta, a neutralidade carbónica", destaca Maria João Romão, directora da Unidade de Ciências Biomoleculares Aplicadas na Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNL (UCIBIO-FCT NOVA), centro de investigação que também participou na descoberta. As plantas, os solos e os oceanos absorvem o excesso de CO2 da atmosfera mas não são suficientes para a UE atingir até 2050 a meta da neutralidade das emissões de carbono, mesmo com a concretização das políticas ambientais mais ambiciosas nesta matéria.
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