quinta-feira, 28 de maio de 2020

Portugueses valorizam crimes contra ambiente, afirma Sociedade Estudo das Aves



Os portugueses consideram muito importantes os crimes contra o ambiente e querem mais eficácia ao seu combate, sugerem os resultados de um estudo, divulgados pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).
A divulgação dos resultados do estudo aconteceu no Dia Internacional da Biodiversidade, com a SPEA a defender que são necessárias sentenças “mais fortes” nos crimes contra o ambiente.
O estudo, explica a SPEA, foi feito no âmbito do projeto “LIFE Nature Guardians”, destinado a minimizar os efeitos do crime contra o ambiente em Portugal e Espanha e melhorar a eficácia do combate a esses crimes.
Explica-se no comunicado que num inquérito a 700 portugueses, 80% dos inquiridos consideraram que o Governo não dá importância suficiente às questões ambientais, e quase 90% defenderam que os crimes contra o ambiente são tão ou mais importantes que outros tipos de delitos.
Os participantes avaliaram como “insuficiente” a eficácia das entidades que combatem os crimes contra o ambiente, bem como da própria legislação.
“Para corresponder a esta preocupação dos portugueses, e reduzir significativamente os crimes contra o ambiente, precisamos de sentenças mais fortes, que tenham realmente um efeito dissuasor, para que os perpetradores não fiquem impunes, e estes crimes deixem de ser vistos como lucrativos”, afirma Joaquim Teodósio, coordenador do Departamento de Conservação Terrestre da SPEA, citado no comunicado.
Diz a SPEA que entre 1998 e 2017 foram registados em Portugal 1.066 crimes contra a natureza.

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