quinta-feira, 25 de junho de 2020

“Nuvem de poeira Godzilla”, a gigantesca mancha que está a mudar as cores do planeta


Uma gigantesca nuvem opaca está, há dias, a encobrir parte do Oceano Atlântico. Nas imagens captadas por satélite, as tradicionais cores azul e branca do planeta Terra estão a dar lugar a uma mancha acastanhada.
De acordo com a BBC, alguns especialistas estão a chamar-lhe “nuvem de poeira Godzilla”, tratando-se de um fenómeno recorrente a cada ano, mas que parece ter-se intensificado em 2020.
A mancha é um sinal de que uma nuvem de ar do deserto do Saara – uma massa de ar muito seca – está a mover-se em direcção ao continente americano.
A massa de ar seco carregada de partículas de areia forma-se sobre o deserto do Saara no final da primavera e no verão e, no começo do outono, no Hemisfério Norte, e geralmente desloca-se em direcção a Oeste sobre o Atlântico, a cada três ou cinco dias.
Quando ocorre, costuma ser de curta duração, não superior a uma semana. No entanto, a ocorrência de ventos fracos em certas alturas do ano tornam-na mais propensa a cruzar o Atlântico e a percorrer mais de dez mil quilómetros.

PAN fica duplamente desfalcado após saídas.


Após a saída do seu único Eurodeputado no hemiciclo europeu, Francisco Guerreiro, por "divergências políticas" com a direção, como o afastamento de princípios fundadores e "a crescente e vincada colagem à esquerda", tendo desfiliado do PAN e passado a independente que integra o grupo dos Verdes Europeus/Aliança Livre Europeia, foi a vez da Deputada na Assembleia da República, Cristina Rodrigues, eleita pelo círculo de Setúbal, sair do PAN, passando a deputada não-inscrita, acusando a direção do partido de a silenciar e condicionar a sua "capacidade de trabalho". O partido de índole ambientalista fica assim, sem representação no parlamento europeu e somente 3 deputados na Assembleia da República, com André Silva, Inês Monte Real e Bebiana Cunha.

Ambiente. Parents for Future pedem à UE "estratégia corajosa"


Cerca de 177 grupos de pais e mães de todo o mundo escreveram uma carta aberta aos presidentes do Conselho Europeu, da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu onde defendem que as instituições europeias estão numa posição única para assumir a liderança global com uma "estratégia corajosa e decisiva para o clima e transição ecológica". "A crise do covid-19 expôs a perigosa fragilidade dos sistemas socioeconómicos globais, particularmente no contexto de uma ecosfera que se esgota rapidamente", escreve o movimento Parente for Future, sublinhando que o sistema deve "dar um salto em direção à resiliência e sustentabilidade". A Parents For Future, uma rede global de ativistas de pais inspirada pelo movimento Fridays for Future (greves escolares pelo clima), diz que a UE "está prestes a gastar recursos financeiros públicos significativos" que se tornarão a dívida das futuras gerações e que esse ónus é acrescentado à "dívida ambiental indescritivelmente maciça". 
"Acreditamos que a forma como o dinheiro é gasto é fundamental e deve representar um investimento e não outro custo para o futuro de nossos filhos", consideram, referindo-se ao Fundo de Recuperação europeu de 750 mil milhões de euros. Este Fundo de Recuperação da UE é um instrumento de emergência criado após a crise gerada pela pandemia, através do qual Bruxelas recorre aos mercados para aumentar o seu poder financeiro para depois canalizar fundos para os países através de subsídios ou empréstimos, num valor total de 750 mil milhões de euros. Desta verba, poderão caber a Portugal 26,3 mil milhões.
Na carta aberta divulgada, o movimento Parents for Future diz que o fundo de recuperação e todos os outros esforços coordenados por estímulos à recuperação económica representam "uma oportunidade singular para um novo caminho de desenvolvimento".
"Lembramos que a Agenda 2030 da ONU deixa claro que as instituições são uma das bases fundamentais da sustentabilidade e da equidade", sublinha o movimento, acrescentando: "um visionário Fundo de Recuperação Verde enviará um claro sinal de política não apenas aos mercados europeu, mas também global".

Covid-19: Pode acabar por danificar o Ambiente?


A noção popular de que a pandemia de COVID-19 tem sido “boa para o ambiente” – a ideia de que a natureza está a recuperar enquanto a humanidade está em casa – é atraente para muitas das pessoas que procuram algo positivo nesta tragédia global. A realidade, porém, pode não cooperar com estas esperanças.
Os benefícios que muitos achavam animadores ao início – desde o ar mais limpo ao canto dos pássaros recentemente audível devido à ausência de carros e aviões em movimento – seriam sempre temporários. E com os confinamentos a diminuírem, estas supostas vantagens começaram a dissipar-se. Agora, alguns especialistas temem que o mundo arrisque um futuro com mais trânsito, mais poluição e que as alterações climáticas piorem mais depressa do que nunca. É muito cedo para se saber se este cenário sombrio se irá verificar, mas os sinais de alerta parecem estar a aumentar pelo mundo inteiro.
No início de abril, com o confinamento generalizado, as emissões globais diárias de carbono caíram 17% em comparação com o ano passado. Mas a partir de 11 de junho, os novos dados mostram que as emissões estão apenas 5% abaixo do período homónimo de 2019, mesmo que a actividade normal ainda não tenha sido retomada na sua totalidade.
“Continuamos a ter os mesmos carros, as mesmas estradas, as mesmas indústrias, as mesmas casas”, diz Corinne Le Quéré, professora especializada em alterações climáticas na Universidade de East Anglia, no Reino Unido, e autora principal do estudo original e actualização posterior. “Assim que as restrições forem levantadas, regressamos ao ponto onde estávamos.”
“Agora, os riscos de a produção de carbono poder ultrapassar os níveis pré-pandemia são muito elevados”, diz Corinne, “sobretudo porque já o fizemos no passado, e não foi há muito tempo”. Durante a crise financeira de 2007-08, as emissões caíram, mas depois recuperaram.

terça-feira, 16 de junho de 2020

76% dos portugueses estão preocupados com o ambiente e alterações climáticas


Nem a crise económica e sanitária que o mundo está a enfrentar fez os portugueses esquecerem-se dos problemas ambientais, sendo que 76% manifesta estar preocupado com o ambiente e com as alterações climáticas, revela um inquérito do Observador Cetelem.
Face à crise sanitária e a uma provável crise económica, 74% dos inquiridos consideram que a preocupação da sociedade com as alterações climáticas se irá manter, enquanto 23% assumem que pode mesmo aumentar. Em relação às preocupações individuais, os resultados são semelhantes: 78% continuam preocupados com estes temas e 20% dizem estar mais apreensivos do que no passado.
Para a maioria dos inquiridos, esta preocupação traduz-se principalmente pelo impacto que os problemas ambientais terão nas próximas gerações (50%), enquanto 27% está preocupados de igual forma com o impacto no presente e no futuro (27%). Por outro lado, 20% dos inquiridos manifesta estar mais preocupado com o presente e com o impacto a curto prazo na sua vida.

Descoberto em Setúbal depósito ilegal com toneladas de resíduos perigosos que deveriam estar na Alemanha


Segundo avança a TVI, foi descoberto no Vale da Rosa, em Setúbal, um depósito ilegal com milhares de toneladas de resíduos perigosos que deveriam estar na Alemanha. Segundo a associação ambientalista ZERO, são cerca de 30.000 toneladas de escórias de alumínio, que estão depositadas a cerca de 600 metros das antigas instalações da empresa Metalimex e junto ao Complexo Municipal de Atletismo de Setúbal, perto de urbanizações e do Estuário do Sado.
A ZERO realizou análises às escórias e as amostras revelaram a existência de diversos tipos de resíduos perigosos – conforme a classificação atribuída pela União Europeia -, alguns com grande composição em alumínio e outros metais, ou com elevados teores de óxidos de alumínio, magnésio, enxofre, potássio e cálcio, que lhes conferem características de perigosidade suscetíveis de provocarem lesões oculares ou diversas patologias graves, incluindo doenças cancerígenas.
O Ministério do Ambiente já reagiu à notícia, afirmando que a reexportação das escórias de alumínio importadas pela Metalimex foi concluída em 1998 e que, face a esta denúncia, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT) "já se deslocou ao terreno" para confirmar a existência dos depósitos, encontrando-se, neste momento, "a cumprir as devidas diligências no sentido de aplicar a lei".
TVI contactou a Câmara Municipal de Setúbal, que assumiu conhecer a situação, dizendo que em fevereiro iniciou um processo de fiscalização interrompido pela pandemia de Covid-19.

“A pandemia é o resultado do nosso absoluto desrespeito ao meio ambiente e aos animais”, diz Jane Goodall


Aos 86 anos, Jane Goodall continua inspirando crianças, jovens e adultos. A determinação e a trajectória da primatóloga e antropóloga britânica são realmente fascinantes e admiráveis. Em 1960, aos 26 anos, munida de binóculos e um caderno de anotações, deixou a Inglaterra e seguiu para a Tanzânia para estudar o universo dos chimpanzés*.
Seis décadas depois, Jane é considerada a maior especialista internacional nessa espécie e uma das mais importantes e respeitadas vozes quando o assunto é preservação ambiental.
Além do trabalho no seu Jane Goodall Institute, a activista e Embaixadora das Nações Unidas pela Paz viaja o mundo dando palestras e fazendo alertas sobre a crise climática e a extinção em massa da fauna e da flora do planeta. Em 1991, ela também fundou o Jane Goodall Institute’s Roots & Shoots, um programa para inspirar jovens a serem agentes de mudanças em suas comunidades. Actualmente o projecto está presente em 65 países.
Jane Goodall foi convidada a participar num debate virtual promovido pela Compassion in World Farming, organização que faz campanha e lobby pelo bem-estar animal, assim como combater a exportação de animais vivos, certos métodos de abate e todos os sistemas de produção industrial. O tema do encontro foi “Pandemia, Vida Selvagem e a Produção Industrial de Animais.”.
Vegetariana há mais de 50 anos, Jane contou durante a live que ficou chocada recentemente ao descobrir que se cultiva mais grãos no mundo para alimentar animais do que humanos e, enquanto isso, milhões de pessoas ainda passam fome no planeta. “Além do mais, esses animais … precisam receber mais e mais antibióticos … levando ao desenvolvimento de superbactérias. O que aconteceu com este planeta é aterrorizante”.
Desde o começo da pandemia do coronavírus, Jane tem falado insistentemente sobre a ligação entre o vírus da COVID-19 e a manipulação de animais silvestres. Cientistas suspeitam, mas não há confirmação ainda, que o novo vírus pode ter sido transmitido de animais para humanos. Investigadores já tinham alertado, em 2007, que o consumo de animais exóticos “era uma bomba-relógio porque o morcego é um reservatório de vírus SARS-Cov”.
“Nós trouxemos isso para nós mesmos. Isso (a pandemia) é o resultado de nosso absoluto desrespeito ao meio ambiente e aos animais. Caça, matança, alimentação, tráfico de animais… O ponto que estou tentando enfatizar aqui é que todos esses bilhões de animais de fazenda e todos esses bilhões de animais traficados são indivíduos. Com personalidades capazes de sentir medo, angústia e certamente, sentir dor. E quando começas a pensar neles como indivíduos, isso realmente fará que entendas a enormidade do que fizemos. Nós infligimos milhões, milhões e milhões de animais sencientes com um sofrimento horrível e ainda o estamos infligindo agora, hoje”.
Para a ambientalista, essa crise global de saúde pode ser uma oportunidade de mudança.
“Os líderes mundiais estão ansiosos para voltar aos negócios como de costume, mas se fizermos isso, será o fim de nossa espécie no planeta Terra”, acredita. “Se não fizermos as coisas de maneira diferente, será o nosso fim. Mas temos uma janela de tempo para nos reunirmos e fazermos as nossas vozes serem ouvidas. Todos os dias causamos impacto no planeta, apenas temos que escolher que tipo de impacto queremos causar”.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Islandeses abraçam árvores em vez de pessoas para superar o isolamento social.



O coronavírus e o confinamento – necessário para prevenir a propagação do vírus – afectaram de maneira brusca a vida das pessoas. Solidão, angústia e stress podem surgir de um momento para o outro, por isso é importante encontrar estratégias para permanecer activo e não declinar. Aqueles que têm a chance de ficar em contacto com a natureza têm muita sorte.

Na Islândia, iniciou-se uma campanha onde as pessoas estimulavam a todos a abraçar árvores para combater a solidão dessa quarentena. Não é como abraçar uma pessoa, obviamente, mas de um jeito ou de outro as plantas são seres vivos e podem sim beneficiar a saúde daqueles que mantém contacto.

“Quando foi a última vez que você abraçou uma árvore? Eu faço isso frequentemente. Nos últimos dias, abraçar árvores era o único tipo de abraço disponível para mim. Ultimamente, toda vez que abraço, troco energia com a árvore. Eu dou à árvore cuidado, assim como dou para a Mãe Terra. A árvore me dá amor e energia vital. Só que desta vez a ligação entre nós é diferente. Não é melhor, porque isso é dualidade, é apenas diferente. Era como se a minha alma e não o meu corpo físico estivesse abraçando a árvore. E então eu entendi. Então hoje saia e abrace uma árvore. Ligue- se com este ser bonito. Peça para sentir, feche os olhos e apenas sinta. Sem preconceito. Você ficará surpreso.”, escreveu Ada Komani na sua conta do Instagram.

E ela não é a única a trocar energias com as árvores. Várias pessoas replicaram esse chamado de amor. Agora, com o distanciamento social, essas ideias são compreendidas de outra maneira e as pessoas reconhecem o seu valor. Mesmo que você não mude o seu jeito de lidar com o planeta, o abraço pode servir como um momento de reflexão e ligação com a Mãe Natureza.

Conforme relatado pela comunicação social do país, estudos realizados nos últimos anos mostraram que algumas condições podem ser aliviadas com esse tipo de terapia. Fala-se de doença mental, depressão, défice de atenção ou distúrbio de hiperactividade, stress e dores de cabeça.

COP16: cimeira termina sem acordo sobre formas de financiamento

A conferência das Nações Unidas sobre biodiversidade (COP16) terminou, este sábado, em Cali, na Colômbia, sem que os países participantes ch...