quarta-feira, 29 de abril de 2020

Está fechado o maior buraco na camada de ozono no Polo Norte.


  • O buraco havia sido formado no final do último mês de março.
  • O anúncio foi feito pelo Copernicus, um programa do centro europeu para previsões meteorológicas de médio-alcance, financiado pela Comissão Europeia. 
    Desde a última quinta-feira, dia 23 de abril, que está fechado o maior buraco na camada de ozono do hemisfério norte. Buraco esse que havia sido formado no Polo Norte no final do passado mês de março. Tratava-se de um buraco pouco comum, mas ao contrário do que é habitual o seu aparecimento não terá tido contribuição do ser humano.
    "O Covid-19 e os consequentes confinamentos provavelmente não tiveram nada a ver com o sucedido. O buraco teve origem num vórtice polar anormalmente forte e duradouro e não em alterações climáticas", explicou o programa Copernicus.
    Desde a primavera de 2011 que no Polo Norte não era verificado um buraco tão grande na camada de ozono.

Praia desinfectada com lixívia? Aconteceu em Espanha e matou toda a vida no areal


A ideia, alegam os seus mentores, era tornar a praia mais segura para as crianças. Para fazê-lo, os comerciantes locais e a Junta Vecinal (conselho de bairro) de Zahara de los Atunes, em Cádis, enviaram três tractores munidos de lixívia — dois litros por cada 100 de água — para desinfectar o areal. O resultado final está mais próximo de um atentado ambiental, critica a presidente da associação de voluntários ambientais de Trafalgar, que diz que nem os insectos daquele ecossistema resistiram à desinfecção.

“Parece incrível que estas coisas ainda aconteçam, é uma loucura contra a própria praia”, disse María Dolores Iglesias, citada por vários órgãos da imprensa espanhola. “No perímetro fumigado nada é visto, nem mesmo um insecto, mataram tudo”, lamenta a ambientalista. “Não pensaram que isto é um ecossistema vivo, pensaram que é apenas terra.”

A piorar a situação, a tarambola, uma ave que deposita ovos na areia, está na época de reprodução e cerca de 20 ninhos terão sido destruídos. María Dolores Iglesias lembra ainda que depois de quase 40 dias sem presença humana, a vida animal tinha-se intensificado na praia — algo que agora se perde com a fumigação.

O “atentado ecológico” de que fala Iglesias continua. No areal é proibida a entrada de veículos motorizados e a a desinfecção foi feita por três tractores — os mesmos que tinham sido usados para limpar calçadas e estradas da localidade — que arrasaram a área de dunas. “A praia regenera-se e limpa-se sozinha. Isto não era necessário”, frisa a ambientalista.

A somar a todos os erros cometidos, também não foi pedida a devida autorização legal para proceder à acção de limpeza do areal o que já levou o Governo Regional de Andaluzia a dizer que vai investigar o sucedido.

sábado, 25 de abril de 2020

O antes e depois da poluição nas cidades


Com milhões de pessoas obrigadas a ficar em casa face à pandemia do novo coronavírus, as cidades que sofrem mais com a poluição têm visto os seus níveis diminuírem.


Em alguns casos, a redução chegou mesmo aos 60% em apenas três semanas. Comparado com o mesmo período de 2019, Nova Deli viu os níveis de poluição reduzidos em 60%. Em Seul caíram 54%. Na Europa, a poluição desceu 19% em Roma e 11% em Madrid.
Dois factores levaram à melhoria da qualidade do ar: o encerramento das fábricas durante a epidemia e a redução do tráfego.
Em Portugal, a Avenida da Liberdade é a mais poluída da cidade de Lisboa, e de acordo com os dados avançados pela Associação Zero nas últimas semanas, registou a menor taxa de poluição do século, por causa da redução da circulação rodoviária.

Novo coronavírus detectado em partículas de poluição atmosférica


Um estudo levado a cabo pela universidade de Bolonha, em Itália, detectou a presença do novo coronavírus em partículas de poluição atmosférica, o que poderá evidenciar que a pandemia se propague com maior facilidade em locais mais poluídos.
Um grupo de cientistas liderado por Leonardo Setti recolheu amostras de poluição atmosférica de uma zona urbana e de uma zona industrial de Bergamo, nas quais identificaram um gene altamente específico à Covid-19.
As informações obtidas pelo jornal britânico The Guardian apontam para que esta seja, de resto, uma das explicações encontradas para que a região norte de Itália, uma das mais poluídas da Europa, tenha registado um número tão elevado de pessoas infectadas.
"Sou um cientista e estou preocupado quando não sei algo. Se soubermos, podemos encontrar uma solução. Mas, se não soubermos, podemos apenas sofrer as consequências", afirmou Leonardo Setti, à publicação.
Os resultados desta investigação são, para já, preliminares, o que significa que esta terá de ser mais aprofundada para saber se o novo coronavírus permanece, de facto, suficientemente activo em partículas de poluição atmosférica para causar uma infecção.

Saiba a quem pode doar o seu IRS em defesa do ambiente e dos animais.


Desde 1 de Abril que os contribuintes podem apresentar no Portal das Finanças a sua declaração anual de rendimentos relativa a 2019, estendendo-se o prazo até 30 de Junho. Em pouco mais de 20 dias, mais de dois milhões de portugueses já entregaram o seu IRS, faltando ainda muitos mais fazerem o mesmo, recorrendo ao Modelo 3 ou, mais fácil, ao IRS Automático.

Mesmo optando pelo IRS Automático, os contribuintes podem na mesma “doar” 0,5% do imposto que lhes é retido pelo Estado (e não do reembolso a que poderão vir a ter direito)Para fazer essa consignação basta assinalar essa opção no quadro 11 (campo 1102) do Modelo 3, indicando o respectivo NIPC – Número de Identificação de Pessoa Colectiva).

Ano após ano, são cada vez mais os contribuintes que optam por consignar imposto no momento da entrega da sua declaração anual do IRS: entre 2014 e 2018, chegaram a milhares de instituições cerca de 91 milhões de eurosNo ano passado, para o imposto relativo a 2018, as 4.010 entidades contempladas receberam 22,32 milhões de euros de 845.591 agregados, o que traduz uma subida de 9% face ao ano anterior.

Em 2020, a lista de entidades a em que pode consignar pare do IRS, disponibilizada pelo Fisco, tem crescido, contando com cerca de 4.200 entidades autorizadas a beneficiar da consignação dos contribuintes. São entidades de cariz social, religioso, mas também há outras com fins ambientais ou de defesa da natureza e dos animais

Desde 2017, as pessoas colectivas de utilidade pública que desenvolvam actividades de natureza e interesse cultural passaram também a poder ser escolhidas no campo reservado à “consignação fiscal”. Conheça algumas dessas entidades que pode ajudar com o seu IRS:

Quercus

A Quercus é uma organização não-governamental de ambiente (ONGA) portuguesa fundada a 31 de Outubro de 1985. É uma associação independente, apartidária, de âmbito nacional, sem fins lucrativos e constituída por cidadãos que se juntaram em torno do mesmo interesse pela Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais e na Defesa do Ambiente em geral, numa perspectiva de desenvolvimento sustentado.
NIPC: 501736492

Liga para a Protecção da Natureza

A Liga para a Protecção da Natureza é uma organização não-governamental de ambiente (ONGA), de âmbito nacional, fundada em 1948, sendo a associação de defesa do ambiente mais antiga da Península Ibérica. É uma associação sem fins lucrativos com estatuto de Utilidade Pública. Tem como objectivos principais a defesa do ambiente e contribuir para a conservação do Património Natural, da diversidade das espécies e dos ecossistemas.
NIPC: 501604693
Liga Portuguesa dos Direitos do Animal
A Liga Portuguesa dos Direitos do Animal é uma associação de utilidade pública, sem fins lucrativos, de âmbito Nacional, fundada em 1981. Representa Portugal no Eurogroup for Animal Welfare, na Comunidade Europeia. A LPDA é associada da World Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA). Está registada na Agência Portuguesa do Ambiente, é sócia fundadora da Federação Portuguesa das Associações do Ambiente e filiada em várias organizações para o bem-estar animal.
NIPC: 501626921

Grupo Lobo – Associação para a Conservação do Lobo e do seu Ecossistema

O Grupo Lobo é uma associação não-governamental de ambiente, independente e sem fins lucrativos com estatuto de utilidade pública, fundado em 1985 para trabalhar a favor da conservação do lobo e do seu ecossistema em Portugal. O Grupo Lobo tem uma estratégia de actuação ligada à informação da opinião pública, ao apoio a estudos científicos e à promoção de medidas práticas de conservação.
NIPC: 501651713
Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) é uma organização não-governamental sem fins lucrativos que promove o estudo e a conservação das aves e dos seus habitats em Portugal. Foi fundada a 25 de Novembro de 1993 e, desde 1999, é o parceiro português da BirdLife International. A SPEA desenvolve projectos em todo o território nacional e também em parceria no estrangeiro (Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Malta e Grécia). A sensibilização ambiental e a promoção do Birdwatching são também duas das suas prioridades.
NIPC: 503091707
Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal
Desde 2005 que a associação é uma organização não-governamental de ambiente, tendo adquirido em 2010 o estatuto de entidade privada de utilidade pública. É uma associação sem fins lucrativos especialmente dedicada à investigação científica, divulgação do conhecimento e preservação dos habitats naturais das borboletas. Nos últimos anos tem alargado o seu âmbito de acção a outras ordens de insectos.
NIPC: 506770311 
GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
O GEOTA é uma associação de defesa do ambiente, de âmbito nacional e sem fins lucrativos, em actividade desde 1981.
NIPC: 501716610

domingo, 19 de abril de 2020

Sabe como fazer embalagens amigas do ambiente? A SPV explica

Utilizar componentes na embalagem facilmente separáveis, preferir as embalagens incolores às coloridas, evitar que os rótulos ocupem mais de 2/3 da embalagem e procurar formatos facilmente desdobráveis ou espalmáveis são algumas das recomendações do Ponto Verde Lab, a plataforma digital, lançada pela Sociedade Ponto Verde (SPV), que desafia quem produz ou coloca as embalagens no mercado a apostar na inovação para a reciclagem e maior reciclabilidade de materiais.
Com foco no conceito de prevenção, a SPV desafia todos os agentes da cadeia de produção a desenvolverem, em conjunto, embalagens que sejam de raiz mais sustentáveis e com maior potencial de reciclabilidade após o consumo.
Para tal, reúne um conjunto de dicas e recomendações de ecodesign e optimização dos processos de estudo, desenvolvimento e produção de embalagens e agrega-as em “pack4recycling”.
Além da plataforma, a SPV tem também uma equipa dedicada a prestar apoio técnico às marcas, para que apliquem os melhores princípios no desenho e concepção das suas embalagens. L’Oréal, Sumol+Compal, Nestlé, Unilever, Danone, Sonae ou Longa Vida são algumas das organizações que estão já atentas a estes temas.
“O consumidor e todo o ciclo económico estão cada vez mais exigentes e focados nas questões da sustentabilidade e circularidade. É premente agir com esse foco e por considerarmos essencial actuar a montante, lançámos o Ponto Verde Lab. Queremos apoiar e acompanhar a evolução dos nossos clientes nesta matéria, para que consigamos mais e melhor reciclagem e uma valorização efectiva de materiais e da economia circular” afirma Ana Isabel Trigo Morais, CEO da SPV.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Cidades paradas ouvem pássaros cantar.


O confinamento e redução da actividade económica pode ter dado espaço para os animais selvagens beneficiarem da nova situação.

"Em Portugal, devido à grande fragmentação de habitat, não veremos grandes mamíferos... perto das cidades, mas o cantar dos pássaros é bem mais evidente das nossas janelas", diz Ana Marta Paz, da Liga para a Protecção da Natureza.

Os motivos são a "diminuição drástica do ruído... e da poluição", consideradas como mudanças que beneficiam todas as espécies salienta a ambientalista, notando ainda que são originadas pelo abrandamento de actividades, nefastas para a natureza e para as pessoas.

E porque as pessoas estão confinadas notam agora melhor a natureza, por ausência de ruído, mas também por mais tempo para a apreciar.Domingos Leitão, da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), afirma que não há hoje mais aves do que havia antes do confinamento.

"A percepção pode ser a de que as aves apareceram agora, mas elas sempre lá estiveram. Há muita biodiversidade que usa os meios urbanos como território", diz.

Até agora não foi noticiado que javalis se tenham aventurado a passear pelas ruas das cidades portuguesas, como aconteceu em Barcelona. Em Santiago do Chile foi também notícia um jovem puma passear-se pelas ruas.

Em Portugal o que se vai notar faz parte do ciclo normal e é a chegada das aves migratórias, nota Domingos Leitão.

Admite que "a paragem" das cidades possa provocar alterações na natureza, mas agora o que mudou foi a percepção e a atenção das pessoas para o que as rodeia.

Ana Marta Paz diz também que um país parado, como está Portugal, traz sempre mudanças. Se os jardins deixam de ser tratados as flores crescem livremente, o que é bom para as abelhas. Mas a ausência de pessoas nas ruas deixa também os pombos com fome.

Mas Ana Marta Paz deseja ainda que este novo olhar para a natureza seja aproveitado para que, quando a crise sanitária passar, se relançasse "uma nova economia sustentável e resiliente à crise, promovendo o bem-estar das pessoas e da natureza".

"É importante que as pessoas percebam que a situação que vivemos está relacionada com a maneira como tratamos o mundo natural. Nasceu de uma profunda falta de respeito pelo mundo natural", disse o director da SPEA.

Porque os animais e as plantas "prestam serviços que muitas vezes não se veem", ninguém sabe o que pode acontecer quando se alteram ecossistemas de forma grave, diz.

E para concluir: "Não somos imunes à maneira como tratamos os ecossistemas e a natureza. É uma lição que estamos a aprender da pior forma".

7 tendências ecológicas para o mundo pós-coronavírus​


Segundo os cientistas, os efeitos da pandemia causada pelo novo coronavírus durará muitos anos mas também podem acelerar a transição da sociedade para novas formas de viver em comunidade. ​

Maior credibilidade da Ciência. Os cientistas já tinham alertado que uma pandemia à escala mundial poderia acontecer. Os que tentaram negar as evidências e as estimativas dos cientistas foram obrigados a voltar atrás, rapidamente derrotados pelos factos. ​

Valorização das coisas simples versus consumismo. Muitos acreditam que depois desta crise haverá um regresso ao estilo de vida simples, mais focado nas relações humanas, na saúde e na felicidade, e menos na acumulação de bens supérfluos. ​

Aumento da solidariedade. Controlar a velocidade de contágio não depende só de uma pessoa ou de uma família. É um esforço colectivo. Por todo o planeta existem manifestações gerais de solidariedade com doações de materiais e esforços conjuntos de empresas para desenvolver material de higiene ou equipamentos médicos. E estamos a assistir a grupos organizados de vizinhos dispostos a ajudar e a fazer compras para quem está preso em casa. Esta capacidade conjunta será aplicada para resolver outras questões, como os problemas ambientais que envolvem o uso equilibrado de recursos, como rios, oceanos, florestas ou até mesmo a atmosfera da Terra no caso das mudanças climáticas. ​

A expansão das actividades humanas que dispensam a deslocação física. A conquista dos meios de comunicação à distância veio para ficar. Durante o período de contenção da pandemia desenvolvemos formas eficazes de trabalhar, fazer compras ou falar com os amigos, tudo à distância. Descobrimos que muitas viagens de carro e de avião são desnecessárias. Empresas, negócios e trabalhadores vão adaptar-se mais para trabalhar longe dos escritórios. Com isso,  o ar das cidades ficará mais limpo, como já provam as quedas drásticas dos níveis de poluição em países como a Índia ou a China. ​

Maior controlo à produção de animais. Muitos dos processos de produção de animais podem estar na origem de doenças potencialmente catastróficas. O Covid-19, provavelmente, teve origem em animais selvagens presos em jaulas e sem condições de higiene para consumo humano na China. A publicação científica “American Journal of Public Health” alertou em 2007 que a produção de animais em situações como esta poderia ser a origem da próxima grande pandemia. Nunca foram levados a sério.​

Menos ar condicionado e mais janelas abertas. É claro que o ar condicionado oferece conforto nos dias mais quentes e será necessário para as cidades cada vez mais quentes, principalmente com as mudanças climáticas dos últimos anos. Mas estes meses de confinamento trará a valorização de projectos arquitectónicos que aproveitem a circulação natural de ar.​

Valorização das áreas naturais. Passeios em áreas naturais ou perto de cenários como montanhas, lagos ou praias reduzem o stress no período de distanciamento social. O ar puro e a paisagem natural têm um efeito reconhecido para a saúde mental. No entanto, muitas cidades fecharam o acesso aos parques públicos urbanos, privando os cidadãos desses espaços verdes. A privação irá aumentar a valor desses metros quadrados de natureza.​

Cientistas criam enzima mutante que recicla garrafas de plástico em poucas horas


A enzima que foi descoberta num composto de folhas, reduziu as garrafas plásticas em pequenos blocos de construção químicos que foram utilizados ​​para fazer novas garrafas de alta qualidade, contrariando as tecnologias de reciclagem existentes que produzem plástico de menor qualidade, sendo, por norma, utilizado para roupas e tapetes.
A empresa por trás da inovação, Carbios, disse que tem como objectivo a reciclagem em escala industrial dentro de cinco anos.
Para tal fez uma parceria com grandes empresas, incluindo Pepsi e a L’Oréal, de forma a acelerar o desenvolvimento. Especialistas independentes consideraram a nova enzima um grande avanço nesta área, escreve o jornal The Guardian.
A nova enzima foi revelada numa pesquisa publicada na revista Nature. O trabalho começou com a triagem de 100.000 microrganismos em busca de candidatos promissores, incluindo este composto de folhas específico, que foi descoberto pela primeira vez em 2012.
“Foi completamente esquecido, mas acabou por ser o melhor”, disse o professor Alain Marty, da Universidade de Toulouse, França, e director de ciências da Carbios.
Os cientistas analisaram a enzima e introduziram mutações para melhorar a sua capacidade de quebrar o plástico PET a partir do qual as garrafas de bebida são feitas. Eles também tornaram a enzima estável a 72 ° C, próximo à temperatura perfeita para degradação rápida.
A equipa usou a enzima optimizada para quebrar uma tonelada de garrafas plásticas usadas, que foram degradadas em 90% em 10 horas. Os cientistas usaram o material para criar novas garrafas de plástico de qualidade alimentar.
A Carbios fez um acordo com a empresa de biotecnologia Novozymes para produzir a nova enzima em escala utilizando fungos. Fonte da empresa indica que o custo da enzima é apenas 4% do custo do plástico virgem feito a partir de petróleo.
“Somos a primeira empresa a lançar esta tecnologia no mercado”, disse Stephan. “O Nosso objectivo é estar em operação até 2024, 2025, em larga escala industrial.”, indicou Martin Stephan, vice-presidente executivo da Carbios.
Stephan afirmou que a redução no uso de plástico é uma parte da solução do problema de resíduos. “Mas todos sabemos que o plástico agrega muito valor à sociedade, em alimentos, assistência médica, transporte. O problema é o desperdício de plástico. ” Aumentar a colecta de lixo plástico é fundamental, disse Stephan, cerca de metade de todo o plástico acaba no meio ambiente ou em aterros sanitários.
Outra equipa de cientistas revelou em 2018 que tinha acidentalmente criado uma enzima que transformava as garrafas de plástico.
Uma das equipas por trás desse avanço, o professor John McGeehan, director do Centro de Inovação em Enzimas da Universidade de Portsmouth, disse que a enzima da Carbios é um grande avanço nesta área.
“Isto possibilita a verdadeira reciclagem biológica de PET em escala industrial. Este é um avanço muito grande em termos de velocidade, eficiência e tolerância ao calor ”, afirmou McGeehan. “Ele representa um passo significativo para a verdadeira reciclagem circular de material PET e tem o potencial de reduzir a nossa dependência do petróleo, reduzir emissões de carbono e uso de energia e incentivar a colecta e a reciclagem de resíduos de plástico”.

Fechado em casa? 10 dicas sustentáveis para continuar a proteger o ambiente



A Quercus deixa “algumas dicas de eficiência de recursos enquanto estivermos em isolamento social”, entre quais:

·        1. Se estamos mais tempo em casa gastamos mais água, mais electricidade e mais gás. Assim, podemos tentar optimizar estes consumos. Por exemplo: de cada vez que abrimos a torneira gastamos entre 6 a 12 litros de água por cada minuto que passa. Nesta fase, em que não podemos deixar de lavar as mãos a cada gesto, podemos fazê-lo fechando obrigatoriamente a torneira de cada vez que desinfectamos ou ensaboamos as mãos, ou mesmo o corpo durante um banho.

·         2. Podemos também aproveitar a água de lavagem dos alimentos para a rega das plantas. Guardar a água que corre, quando a aquecemos para o banho, para a utilizar na lavagem do chão.

·        3. É importante desligar os equipamentos que não estão a ser utilizados e desligar as luzes dos espaços que não estão ocupados. Tentar aproveitar a tarifa bi-horária para as lavagens da roupa e da loiça, nas máquinas de lavar. Assim poupamos na carteira e poupamos o ambiente.

·        4.  Mais tempo em casa poderá implicar uma maior produção de lixo, pelo que poderemos contribuir para a sua reciclagem colocando-os nos ecopontos correctos – azul para o cartão e o papel, verde para o vidro e amarelo para o plástico e metal. Mais dúvidas sobre o encaminhamento no lixo poderá esclarecer na aplicação Wasteapp, da Quercus. Procure os ecopontos perto da sua residência e participe na separação do seu lixo, sempre que tiver respostas para o seu encaminhamento.

·        5. Nesta situação, com o encerramento de algumas lojas, alguns de nós poderão estar limitados em poder comprar a granel, tendo que recorrer a comprar embalado. De qualquer forma, deverá evitar-se adquirir grandes quantidades de produtos, principalmente os perecíveis, para evitar passar os prazos ou que se estrague contribuindo para o aumento do desperdício alimentar.

·        6. Como estamos a comprar mais produtos embalados, podemos reutilizar estas embalagens para acondicionar outros alimentos ou outros produtos, mas também podemos usar as embalagens para fazer projectos, ocupando as nossas crianças.

·        7. Procurar comprar apenas o que é necessário, se possível opte pelas compras online, adquirindo os produtos da época e tentar comprar produtos de origem nacional. Se tiver que optar pela compra de produtos embalados, opte, sempre que possível, por embalagens familiares e que permitam a substituição através de recargas.
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·         8. Verifique o prazo de validade dos produtos para evitar ultrapassá-los. Aproveite as sobras alimentares e seja criativo na sua reutilização para a confecção de novas receitas. Existem muitas ideias disponíveis na Internet que o poderão ajudar

·         9. Se sair de casa, por breves minutos, não se esqueça de usar máscara. Se se sente perfeitamente saudável poderá usar um lenço de pano dobrado em triângulo  (duplo, tipo “Zorro”) para evitar levar as suas mãos à face. Serve para o efeito e não é descartável. Lave-o de seguida.


·        10. Na situação de estar perante um caso suspeito ou confirmado de Covid-19, em tratamento no domicílio, todos os resíduos produzidos no tratamento do doente deverão ser colocados em sacos de lixo, resistentes e descartáveis, com enchimento até 2/3 da sua capacidade, fechados, e colocados dentro de um segundo saco devidamente fechado, e encaminhado para o contentor do lixo indiferenciado.



Paradoxo. 4 razões por que a pandemia pode não ser boa para o ambiente


Os cientistas alertam, segundo um artigo publicado na BBC News, que afinal as consequências da Covid-19 aparentemente positivas para o meio-ambiente podem não ser de todo uma realidade. 
Primeiro, porque de acordo com os especialistas, experiências no passado mostraram que essas reduções pontuais não levaram a mudanças a longo prazo.
Entretanto em segundo lugar, a BBC aponta que já estamos a produzir mais lixo, sobretudo de natureza hospitalar. Por exemplo em Wuhan, na China, onde a doença teve origem, a quantidade de lixo cresceu quatro vezes.
Terceiro, como estamos mais tempo em casa e usamos mais gás e electricidade o consumo de energia nas cidades aumentou significativamente. 
Já o quarto ponto é realmente paradoxal. Os cientistas explicam que as partículas de poluição têm os seus benefícios isto porque têm um efeito de escudo contra os raios do Sol. Por outras palavras, removê-las em demasia pode fazer com que o planeta aqueça ainda mais rapidamente. 

COP16: cimeira termina sem acordo sobre formas de financiamento

A conferência das Nações Unidas sobre biodiversidade (COP16) terminou, este sábado, em Cali, na Colômbia, sem que os países participantes ch...